segunda-feira, 27 de novembro de 2017

E as altas habilidades?


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   Gostaria de compartilhar algumas reflexões que realizamos na interdisciplina sobre as altas habilidades. O estudo dessa questão foi muito importante pois muitas vezes como professores podemos confundir mal comportamento com altas habilidades que podem produzir desinteresse do aluno. Assim estar atentas para a questão das altas habilidades é muito importante para auxilar os alunos a desenvolverem tais aptidões.
    No texto que lemos para interdisciplina a autora aponta que: "Um olhar para as diferenças pode favorecer um ensino mais individualizado e combinar pessoas com habilidades diferentes de modo mais flexível, atendendo ao verdadeiro princípio da inclusão" (BARRETO, p.  1, 2008)
    Com base no que o texto aponta podemos compreender que um trabalho pedagógico que busque se constituir inclusivo precisa estar atento as individualidades do aluno, buscando estratégias para auxilia-lo a desenvolver tais habilidades, mas também auxiliar os diferentes alunos com diferentes habilidades a conviver e compartilhar um espaço comum com respeito e solidariedade.

Fonte: SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Um olhar para as altas habilidades: construindo caminhos/Secretaria da Educação, CENP/CAPE; organização, Christina Menna Barreto Cupertino. – São Paulo: FDE, 2008.

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Sobre erros e ilusões na Educação

     A postagem de hoje tem como objetivo apresentar algumas inquietações provocadas a partir da  leitura de um texto de Edgar Morin: " As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão" para a interdisciplina de filosofia da Educação. 
    O texto de Morin, me fez pensar sobre várias questões acerca do nosso trabalho como professores e professoras. No texto o pesquisador destaca que todo conhecimento comporta o risco do erro e da ilusão. Assim, como educadores que trabalham com o conhecimento precisamos estar atentos aos erros e ilusões concernentes ao nosso trabalho.
    O destaque do texto que me provocou inquietação refere-se a discussão do que Morin nomeia como “cegueiras paradigmáticas”. Para o pesquisador, um paradigma desempenharia um duplo papel: de um lado seria um papel subterrâneo e de outro um papel soberano. Assim em qualquer teoria, doutrina ou ideologia o paradigma atuaria tanto de forma inconsciente como alimentaria o pensamento consciente. Nas palavras do autor: “o paradigma instaura relações primordiais que constituem axiomas, determina conceitos, comanda discursos e/ou teorias. Organiza a organização deles e gera a geração ou a regeneração” (MORIN, 2002, p. 26)
    Assim fiquei me perguntando, quais paradigmas tem atuado e constituído a minha prática docente? Pois se os paradigmas atuam de forma tanto subterrânea quanto soberana produzindo uma espécie de cegueira, caberia a nós educadores estar atentos aos paradigmas que constituem as nossas práticas lembrando que como aponta o autor “um paradigma pode ao mesmo tempo elucidar e cegar, revelar e ocultar. É no seu seio que se esconde o problema- chave do jogo da verdade e do erro” (MORIN, 2002, p. 27)
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MORIN, Edgar. Os sete saberes necessário à educação do futuro. São Paulo: Cortez, 2002. 

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Semana da Consciência Negra



Como já comentei em outra postagens, trabalho em uma escola que fica localizada em uma região Quilombola na área rural do município de Portão. Sendo assim, quando se aproxima o dia 20 de Novembro nossa escola de forma articulada com a comunidade organiza uma série de atividades para os alunos e para a comunidade. Sendo assim gostaria de compartilhar alguns registros do dia de ontem onde a escola parou para discutir e celebrar a importância dessa data. 

Além de compartilhar essas imagens gostaria de retomar algumas discussões realizadas na interdisciplina de questões Étnico- Raciais sobre os conceitos de raça e cor. De acordo com Senkevisks, Machado e Oliveira (2016) a utilização da expressão raça é um artificio teórico que precisa ser compreendido como uma construção histórica. De acordo com os pesquisadores do INEP é importante lembrar que a noção de raça foi historicamente adotada como ferramenta de exclusão e hierarquização. Os autores também apontam que se a noção de raça é dotada de uma realidade social e culturalmente construída a noção de cor também deve ser problematizada. “Em seu sentido atual, a cor é empregada para designar a classificação racial dos sujeitos sem, no entanto, sem comprometer com a ‘raça’ em si” (SENKEVISKS, MACHADO E OLIVEIRA, 2016, p. 9) Porém essa concepção estaria olhando para a cor com um fenômeno natural alimentando uma falsa suposição de que os traços biológicos e de aparência física seriam dados objetivos, biológicos e neutros. Assim na palavra dos autores seria importante “analisar o que significa pertencer a uma cor ‘branca’, ‘preta’ ou amarela” (SENKEVISKS, MACHADO E OLIVEIRA, 2016, p. 9) porque assim perceberíamos que o conceito de cor é invariavelmente aliado a noção de raça. Assim os autores questionam: “Se a noção de cor é, no fundo, um sinônimo de raça, porque continuar operando com a primeira?” (SENKEVISKS, MACHADO E OLIVEIRA, 2016, p. 10)














SENKEVISKS, Adriano Souza; MACHADO, Taís de; OLIVEIRA, Adolfo Damuel. A cor ou raça nas estatísticas educacionais. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira: 2016. 

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Reflexões sobre a inclusão escolar

Minha reflexão dessa semana tem como foco a interdisciplina: "Educação de Pessoas com Necessidades Especiais". Nessa interdisciplina fomos convidadas a repensar como compreendemos e pensamos a inclusão da pessoa com deficiência a partir de um texto e de um vídeo da professora Izabel Maior. 
Esse ano assumi o desafio de trabalhar em uma sala de recursos atendendo no contra turno os alunos com deficiência da escola onde atuo. As turmas da minha escola que têm em seu quadro alunos com deficiência são as turmas de terceiro ano que é composta por 13 alunos e tem uma aluna com paralisia cerebral e um aluno com deficiência intelectual. A turma de quarto ano que tem 15 alunos e um aluno com deficiência intelectual. A turma do sexto ano que tem 24 alunos e um aluno com paralisia cerebral e um aluno com deficiência intelectual. E a turma do oitavo ano com 17 alunos, sendo duas com diagnóstico de deficiência intelectual. Ao todos são 7 alunos com deficiência: dois com paralisia cerebral e 5 com deficiência intelectual em nossa escola. 
Os alunos estão incluídos na rotina escolar e na turma em que estão matriculados, participando das atividades e passeios propostos. Hoje mesmo foi realizado um passeio para a festa do município onde os alunos ganharam ingressos para brincar no parque de diversões. O parque não tinha acessibilidade para nossa aluna com cadeira de rodas. Mas os colegas ajudaram, em alguns momentos foi necessário pegar a aluna no colo, mas ela andou em todos os brinquedos junto com a turma. Era visível a felicidade dela por estar incluída na atividade com os seus colegas. Como aponta o texto da professora Izabel Maior "a história e o novo conceito de deficiência, mostram a evolução das sociedades para o respeito às diferenças individuais" acredito que a inclusão dos alunos no sistema regular de ensino é um grande passo nessa caminhada. Para encerrar essa postagem gostaria de trazer uma questão que a professora Izabel Maior nos faz no vídeo: "Como podemos desconstruir o que o estigma acarreta?" De acordo com Izabel Maior o estigma é o que leva a não aceitação do outro na forma que o outro é. 
Assim acredito que um dos papéis de uma educação inclusiva deve ser a desconstrução desses estigmas para construirmos uma sociedade mais acessível e igualitária.
Encerro essa postagem com alguns registros da atividade relata anteriormente: 


quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Mostra de vídeos sobre as questões Étnico- raciais

Acabei de chegar em casa e preciso realizar essa postagem sobre as aprendizagens adquiridas na noite de hoje na aula da interdisciplina de Educação Étnico raciais. Hoje a atividade proposta pelas professoras consistia na apresentação de vídeos organizados por grupos de trabalho sobre as questões discutidas ao longo do semestre na interdisciplina.
O meu grupo apresentou um vídeo que realizei na escola onde trabalho onde articulamos as discussões sobre projetos de aprendizagem e as questões étnico raciais, pois entrevistamos uma professora com um grupo de alunas que investigou um pouco da sua história conversando com moradores antigos da região Morro do Macaco Branco, região Quilombola situada na área rural do município de Portão.
Muitos vídeos apresentados hoje me chamaram a atenção e me emocionaram, assim volto agradecida da noite de hoje pois certamente ela ficará registrada na minha memória. Para o Professor Jorge Larrosa a experiência não seria algo que simplesmente nos passa, ou nos toca, mas algo que ao nos passar ou nos acontecer nos transforma. Certamente essa noite foi uma experiência, pois foi impossível sair dela igual.

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terça-feira, 7 de novembro de 2017

Piaget e os estágios de desenvolvimento

Nessa semana gostaria de comentar sobre os estudos realizados na interdisciplina de desenvolvimento e aprendizagem sob o enfoque da Psicologia II. Nas atividades da interdisciplina estamos sendo desafiadas a estudar e aprofundar nossos conhecimentos sobre a teoria piagetina. Um dos textos que estudamos sobre os estágios de desenvolvimento intelectual da criança e do adolescente Piaget  descreve cuidadosamente como o conceito de estágio deve ser compreendido na sua teoria. 
Acredito que será a partir de uma delimitação bem definida do conceito de estágios que o autor irá desenvolver sua teoria sobre o desenvolvimento cognitivo. Para Piaget a noção de estágio deverá respeitar 05 pressupostos, o primeiro consiste em considerar que eles devem respeitar uma ordem de sucessão e aquisição que será constante, assim a aprendizagem dependerá das experiências anteriores do sujeito e do meio social. O segundo refere-se ao que o pesquisador denominou como caráter integrativo, ou seja, as estruturas construídas numa idade se tornarão partes integrantes das estruturas na idade seguinte. O terceiro pressuposto consiste na estrutura de conjunto, cada estágio contemplará uma série de habilidades. O quarto é que será necessário considerar que cada estágio comporta um nível de preparação e um nível de acabamento. E o quinto é que existem diversos graus de estabilidade no nível de acabamento. 
Após essa descrição o autor irá então descrever o período da inteligência sensório- motor que será o primeiro período e se estenderá do nascimento até o aparecimento da linguagem, que o autor subdivide em seis estágios: 1- exercícios de reflexo (até 1 mês) 2- primeiros hábitos ( 1 até 4 meses e meio) 3- Coordenação da visão e preensão ( 4 meses e meio a 8- 9 meses) 4- Coordenação dos esquemas secundários (até 11- 12 meses) 5- diferenciação de esquemas de ação por reação circular terciária (até 18 meses) 6- Começo da interiorização dos esquemas e solução de alguns problemas (até 24 meses). O autor também descreve o período de preparação das operações concretas de classes, relações e número que se estenderia dos 2 anos até os 12 anos e estaria dividido em dois subperíodos: 1- Representações pré- operatórias 2- Operações concretas. E o terceiro e último período das operações formais. 
Referências: 
PIAGET, Jean. A epistemologia genética: Sabedoria e ilusões da filosofia. São Paulo: Abril cultura, 1983. 

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Crocodilos e avestruzes...


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Compartilho nessa semana uma pequena reflexão sobre um texto estudado na interdisciplina de "Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais”. O texto da professora Lígia Amaral nos ajuda a refletir sobre deficiência explorando duas metáforas: crocodilos e avestruzes. 
A autora utiliza a metáfora do crocodilo, para referir-se aos mitos que rondam as pessoas com deficiência. Esses mitos são nomeados pela autora como: preconceito, estereótipos e estigma. Os mitos seriam os crocodilos que rondam o castelo, impedindo o contato. A ponte que liga a cidade e o castelo seria a possibilidade de encontro protegendo dos crocodilos. Amaral explora assim quatro mitos ligados especialmente a deficiência física: 1- generalização indevida, na qual ocorreria uma “transformação da totalidade da pessoa com deficiência na própria condição de deficiência. (AMARAL, 1998, p. 16 e 17); 2- Correlação linear, onde acredita-se que se uma atividade é adequada para uma pessoa com deficiência ela será adequada para todas. 3- Contágio cósmico, que se refere “ao medo (pavor mesmo) da ‘contaminação’ pelo convívio”. (AMARAL, 1998, p.17) 4- Barreiras atitudinais, que consiste em ocupar uma posição desfavorável na relação com outra pessoa que é significativamente diferente.

Já para explicar uma reação que a autora tem observado que às pessoas apresentam em contato com uma diferença significativa ela explora a metáfora do avestruz que enfia a cabeça na areia. Assim em “situações em que entrar realisticamente em pleno contato com a diferença significativa não é uma possibilidade psicológica imediata” (AMARAL, 1998, p.20) é comum que as pessoas criem/ apresentem mecanismos de defesa para fugir desse encontro. é comum que as pessoas criem/ apresentem mecanismos de defesa para fugir desse encontro. 


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Referências:

AMARAL, Lígia Assumpção. Sobre Crocodilos e avestruzes: falando de diferenças físicas, preconceitos e sua superação. In: AQUINO, Julio Groppa. Diferenças e preconceitos na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1998. 

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Escola: laboratório ou auditório?


     Abro a postagem de hoje com o vídeo do professor Fernando Becker onde ele convida aos professores a refletirem sobre suas práticas pedagógicas a partir de uma provocação: "Menos auditório, mais laboratório". 
    O pesquisador e professor Fernando Becker é considerado um destaque na área de Educação no Brasil. O professor tem se dedicado a dois importantes pensadores para o campo educacional: Paulo Freire e Jean Piaget. O professor nesse vídeo defende a escola e a aula como laboratório e não auditório. Pois, enquanto no auditório apenas se transmite o que já se sabe. No laboratório ao contrário, lá se exerce a intuição e a experimentação. Assim o aluno não é concebido como um receptáculo de conhecimentos mas produtor ativo do seu processo de aprendizagem.      De acordo com o professor a escola tradicionalmente tem utilizado dois verbos: copiar e repetir. Ao revistar as obras de Freire e Piaget o professor nos oferece outros verbos para pensar a Educação como: interagir, indagar, experimentar, testar, sentir, cooperar, descobrir, ultrapassar. Enquanto a sala de aula como auditório tende a banalizar as metodologias cientificas pois desconhece como as ciências produzem conhecimentos novos. A sala de aula como laboratório parte da ação do sujeito, não uma ação comandada, mas uma ação espontânea.


segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Papel da escola e do professor em uma Educação inclusiva

"Se falamos tanto da inclusão é porque ela não existe. Os países que melhor fazem a inclusão ela tem desaparecido" (CARLOS SKLIAR) 

Inicio essa postagem com uma frase do professor Carlos Skliar em um vídeo que assistimos na interdisciplina de educação de pessoas com necessidades educacionais especiais, onde o professor nos convida a pensar uma educação inclusiva recuperando não tecnicamente nem burocraticamente a ideia de hospitalidade grega, onde eu recebo o outro na minha casa e lhe oferece tudo que eu tenho de melhor.

Assim escolas inclusivas e práticas inclusivas, não teriam relação unicamente com uma "preparação" específica para o trabalho com pessoas com a deficiência, mas além disso estar aberto para poder trabalhar com esses alunos da melhor forma possível em nossas escolas e salas de aula. 

Essa interdisciplina tem me ajudado a repensar minha prática como professora, especialmente em um contexto de educação inclusiva onde as escolas e os professores cada vez mais exigem dos alunos que apresentam alguma dificuldade de aprendizagem e suas famílias um laudo médico  para somente após a apresentação do laudo desenvolverem uma proposta para esse aluno. 

Entendo a importância do laudo médico, mas como estudamos na interdisciplina, inclusive legalmente, é proibido que se exija um laudo médico, para que o aluno público alvo da educação especial frequente o Atendimento Educacional Especializado e seja cadastrado no Censo. 

Assim acredito que mais do que um laudo, precisamos estar abertos como escolas para receber todos os alunos. 

Vale a pena conferir o vídeo do professor Skliar:





terça-feira, 10 de outubro de 2017

Um pouco sobre a histórica das pessoas com deficiência...


Na interdisciplina de Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais estamos estudando um pouco sobre a história das pessoas com deficiência. Para tanto assistimos um filme chamado: “a história geral do Atendimento à Pessoa com deficiência”, o vídeo aponta que até a década de 70 as pessoas com deficiência eram invisíveis ficando restritas as instituições e/ou no âmbito familiar.
O vídeo marca a importância do ano de 1981, como o Ano Internacional das Pessoas deficientes. Destaca-se que a ONU ao utilizar a conceituação “pessoas deficientes” provoca uma mudança de paradigma com relação a esses sujeitos que até então eram denominados como “os deficientes”, “os inválidos”. A importância de inserir a conceituação pessoas marca uma virada importante para o Movimento das pessoas com deficiência. Dando um grande impulso para esse área de conhecimento, segundo os entrevistados. 

A imagem que escolhi para essa postagem, também nos ajuda a compreender um pouco sobre essa história. No texto que lemos a autora Olga Rodrigues explica que na Pré- história as pessoas com deficiência eram abandonadas e muitas vezes acabavam morrendo devido as configurações organizativas daquelas sociedades. Na Antiguidade existem relatos de práticas de eliminação e abandono, onde as pessoas que nasciam com alguma deficiência, não eram nem consideradas seres- humanos. Assim acredito que podemos considerar que nesse período tais pessoas vivenciaram práticas de EXCLUSÃO. Na Idade Média com a difusão do cristianismo essas pessoa, passam a ser consideradas “filhos de Deus” e portanto não podiam ser abandonadas ou eliminadas. Dependendo do nível da deficiência as pessoas eram institucionalizadas ou ficavam no interior das famílias. Vivenciando práticas de SEGREGAÇÃO. Na idade moderna começam a ter relatos de práticas educativas que visavam a adequação das pessoas com deficiência na sociedade. Práticas que podemos denominar como de INTEGRAÇÃO. E só mais recentemente que os estudos e movimentos das pessoas com deficiência começam a apontar para a necessidade de a sociedade mudar. Movimento que podemos denominar como de INCLUSÃO. Como destaca um dos participantes do vídeo:
“A integração é um modelo segundo o qual pessoas com deficiência uma vez reabilitadas, uma vez habilitadas, alcançam um patamar, um padrão de se encaixar na sociedade como ela sempre existiu. O modelo de inclusão é mais ou menos o inverso. Ou seja não é para encaixar a pessoa na sociedade. Não é para encaixar uma pessoa em uma sociedade que não mudou. A inclusão é você mudar a sociedade. Derrubar todas as barreiras, tirar todos os obstáculos, mudar atitudes, mudar o sistema. Para que qualquer pessoa, tendo deficiência ou não, ou qualquer que seja a deficiência, possa fazer parte da sociedade”.

Referências:




Texto: Rodrigues, Olga Maria Piazentin Rolim. Educação especial: história, etiologia, conceitos e legislação vigente / Olga Maria Piazentim Rolim Rodrigues, Elisandra André Maranhe. In: Práticas em educação especial e inclusiva na área da deficiência mental / Vera Lúcia Messias Fialho Capellini (org.). – Bauru: MEC/FC/SEE, 2008

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

E o pensamento crítico? Tem espaço nas redes sociais?



Na interdisciplina de Filosofia da Educação temos realizados execícios sobre a importância de exercitarmos um pensamento crítico. Hoje gostaria de compartilhar um exercício que fizemos sobre essa temática a partir de uma entrevista com o historiador Leandro Karnal sobre o Impacto das redes sociais na vida das pessoas.

No vídeo o historiador Leandro Karnal nos ajuda a olhar para as novas relações entre as pessoas pelas redes sociais rompendo com a dicotomia melhor ou pior, e apenas observar que tais relações tem se transformado ao longo do tempo. Mesmo mostrando que nos espaços virtuais teríamos muitas informações, mas não necessariamente espaços de formação ele aponta para as possibilidades de igualização de acesso e de produção de conhecimento que não fica mais restringida a círculos fechados e a uma elite intelectual. Assim as redes sociais podem estar contribuindo e auxiliando na democratização do conhecimento e não apenas na banalização deste. Claro que aqui é importante assumirmos um pensamento crítico no sentido que Marilena Chauí (2000, p. 20) aponta “a tarefa da crítica não é trazer verdades para se opor à falsidade; mas realizar um trabalho interpretativo com relação a pensamentos e discursos dados”. Assim acredito que ao olharmos para o impacto das redes sociais na vida das pessoas, podemos assumir uma postura como a de Karanal e ao invés de acusar ou comemorar, observar com atenção o que é dito e os efeitos que determinados usos tem produzido. Assim acredito que a utilização das redes sociais pode estar articulada a uma concepção de educação bancária que como aponta Hunhe (2000, p. 14): “Não estimula. Ao contrário, sua técnica reside, fundamentalmente, em matar nos educandos a curiosidade, o espírito investigador, sua criatividade” ou ao contrário pode produzir, fomentar e instigar a curiosidade do seu usuário.

Referências: 

CHAUI, Marilena. O trabalho da critica do pensamento. In: HUHNE, Leda Miranda. Metodologia Científica: cadernos de textos e técnicas. Rio de Janeiro, Agir: 2000.

HUHNE, Leda Miranda. O ato de estudar (Apresentação a partir do texto de Paulo Freire). In: HUHNE, Leda Miranda. Metodologia Científica: cadernos de textos e técnicas. Rio de Janeiro, Agir: 2000.
 

sábado, 30 de setembro de 2017

Diferença, preconceito e pesquisa


No post dessa semana desejo relatar um pouco sobre a atividade desenvolvida no Seminário Integrador. Mais uma vez, somos convocadas como alunas, a realizar um trabalho pedagógico a partir da proposta dos projetos de aprendizagem.
Tal experiência tem sido recorrente ao longo do curso e tem nos auxiliado a nos apropriarmos desta proposta seja como alunas, elaborando e executando as etapas do projeto, seja como professoras realizando a proposta com nossos alunos.
Nesse semestre estou realizando uma investigação que envolve os conceitos de diferença e preconceito olhando com especial atenção para a literatura e o espaço escolar.
Assim desejo investigar como as questões étnico-raciais são abordadas na literatura e se tais abordagens são contempladas no trabalho pedagógico dos professores.
Já realizei algumas etapas desse projeto como a criação do quadro de dúvidas e certezas, a criação e aplicação de um formulário online, e um levantamento bibliográfico inicial sobre algumas dúvidas e certezas.

Compartilho o meu formulário para que você possa participar da minha pesquisa...

https://goo.gl/forms/Sl6onxjYyXwsjUqq2

Ficou curioso? 


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Nas próximas semanas retorno para contar mais sobre as principais achados da minha pesquisa! 


quarta-feira, 27 de setembro de 2017

O que é aprendizagem e como aprendemos?

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Essa semana quero fazer algumas reflexões sobre o que temos estudado na interdisciplina de Desenvolvimento e aprendizagem sob o enfoque da Psicologia II.
Na primeira semana estudamos um texto muito importante que nos ajudou a compreender como diferentes campos teóricos e epistemológicos tem construído nossa compreensão acerca de como compreendemos a aprendizagem e os processos de aprender.

Para Fernando Becker e Tania Marques três grandes campos epistemológicos tem explicado historicamente nossas concepções acerca do que é aprender.

O primeiro campo apresentado pelos pesquisadores refere-se a concepção gestaltista de aprendizagem onde circularia uma compreensão de que os novos conhecimentos nasceriam de estruturas instantâneas de percepção ou insight.

O segundo campo teria relação com a teoria do reforço, onde acredita-se que a aprendizagem ocorre a partir da repetição de um modelo que se impõe a ele como estímulo.
O terceiro campo seria o da Psicologia e Epistemologias genéticas onde qualquer conquista do indivíduo dever-se-ia exclusivamente a sua ação. 

Para concluir os autores apontam que o processo de aprendizagem estaria ligado radicalmente ao processo de desenvolvimento, ocorrendo assim de patamar e patamar. Sendo assim caberia ao professor: “estar atento aos conceitos espontâneos trazidos pelo aluno, ouvindo sua fala e interpretando seus erros. A fecundidade dos desafios do professor depende, para começar, dessa sua capacidade”.

Referências

BECKER, Fernando. MARQUES, Tania Beatriz. Aprendizagem humana: processo de construção. In: Pátio. Revista Pedagógica. Ano IV, Nº. 15, p.58-61, nov. 2000/jan. 2001

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Estrutura do argumento

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Nessa semana desejo fazer uma reflexão sobre o que estamos estudando na interdisciplina: "Filosofia da Educação". Na primeira semana estudamos sobre dois modos que podemos utilizar para sustentar nossas opiniões: o dogmático e o crítico.

O pensamento crítico seria aquele onde a pessoa apresenta justificativas, estabelece argumentos e parte sua hipótese de evidências. já no pensamento dogmático não existira uma preocupação de justificar aquilo que eu afirmo. seria então o pensamento crítico que abriria condições para o diálogo porque partiria de regras comuns para sustentar o que é falado.

Ao refletirmos, estudarmos e exercitarmos sobre a estrutura do argumento pudemos compreender que todo argumento deve ser constituído de uma conclusão e uma ou mais premissas. A conclusão seria aquilo que ser quer justificar e a/as premissa/s aquilo que justifica a conclusão.

Acredito que tais compreensões acerca da estrutura do argumento e do pensamento crítico podem nos auxiliar a construir postagens mais qualificadas em nossos blogs apresentando argumentos com premissas e uma conclusão e o mais importante exercitando o ´pensamento crítico aberto ao diálogo.


quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Uma prática pedagógica sobre as questões étnico raciais na Educação Infantil



Nessa semana gostaria de contar sobre uma prática realizada com uma das turmas da escola onde atuo fomentada pelas discussões realizadas na interdisciplina: Questões étnico- raciais na Educação. 
Primeiramente nós estudamos o material: “Orientações e ações para a Educação das Relações Étnico- Raciais” que apresenta várias sugestões de atividades que podem ser realizadas com alunos em diferentes níveis de ensino. 

Optei por realizar uma prática pedagógica sugerida na página 47 onde os autores apontam para a importância de na Educação Infantil as professoras terem acesso aos conhecimentos que explicam a existência das diferentes características físicas das pessoas (cor de pele, texturas dos cabelos, formato do nariz) e valorizem tais diversidades.

Assim os autores sugerem quem uma forma de possibilitar uma visão positiva a respeito dos traços físicos das pessoas é trazer informações e histórias sobre os penteados em diversas culturas. Ainda de acordo com os autores é importante ressaltar que: “fazer tranças faz parte da tradição da população negra desde tempos antigos no continente africano, assim como em diversas regiões do Brasil.” (MEC, 2006, p. 47)

A proposta que realizei com a minha turma foi dividida em quatro momentos, antes cabe destacar que não sou professora titular dessa turma, pois este ano estou trabalhando no Atendimento Educacional Especializado, sendo assim realizei essa atividade em uma turma de primeiro ano onde tem um aluno que é atendido em minha sala. Outro destaque importante refere-se a localização da escola que é localizada em uma região Quilombola.

Sendo assim a primeira atividade foi a leitura da história: O Cabelo de Lelê 

Após assistimos um vídeo no youtube onde a história é contada:




Na segunda atividade realizamos uma roda e conversamos sobre a história, os alunos levantaram várias hipóteses sobre os cabelos e também comparamos os diferentes tipos de cabelos que temos em nossa turma.

Na terceira atividade aprendemos e cantamos a música: “Menina do cabelo crespo”






A última atividade foi a visita de uma cabelereira da comunidade que fez tranças nas meninas da turma. Todos adoraram a atividade e forma muito felizes com as tranças para casa. Cheios de conhecimentos sobre a importância de respeitarmos e valorizarmos as diferenças.

Referências:

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (MEC), Secretaria da Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Orientações e Ações para Educação das Relações Étnico-Raciais. Brasília: SECAD, 2006. 


quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Multiculturalismo e uma proposta pedagógica pautada na diferença

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Nessa semana gostaria de fazer uma reflexão a partir de um texto que estudamos na interdisciplina: Escola, Cultura e Sociedade: abordagem sociocultural e antropológica. 
O texto escrito pela professora Vera Candau, sobre sociedade, cotidiano escolar e cultura(s), apresenta uma problemática da educação multicultural a partir de um ponto de vista conceitual e prático. 
A autora após descrever várias práticas pedagógicas destaca a dificuldade de identificar propostas educativas concretas que possam ser classificadas no âmbito do multiculturalismo. De acordo com Candau o que se observou foram a adição de alguns conteúdos, a ressignificação de algumas comemorações ou algumas práticas esporádicas sem afetar a globalidade do currículo ou desenvolver:

 "processos de construção de identidades culturais em que se fortaleçam a auto-estima e o autoconceito dos alunos provenientes de grupos excluídos e discriminados.” (CANDAU, 2002, p.  157)

Após essa reflexão lanço algumas questões que começaram a me inquietar como professora e futura pedagoga: como o Brasil um país de cultura tão rica e variada não fomenta e produz em suas escolas práticas pedagógicas multiculturais? Será que nossas práticas seguem sendo homogeneizantes e padronizadas? Qual possibilidade de construirmos práticas em nossas escolas voltadas para o multiculturalismo?

Encerro essa reflexão indicando o link de um blog que gosto muito intitulado: blogueiras negras. No texto que destaco a blogueira Barbara Paes nos pergunta: “Como as escolas perpetuam a violência contra as mulheres negras?” e no final marca que o papel do educador é contribuir positivamente para que a trajetória das estudantes negras [ e eu acrescentaria de todos os estudantes] seja bem sucedida. 

Vale a pena ler a matéria:
http://blogueirasnegras.org/2017/08/30/como-as-escolas-perpetuam-violencia-contra-mulheres-negras/

Referências: 

CANDAU, Vera Maria Ferrão. Sociedadecotidiano escolar e cultura(s): uma aproximação. Educ. Soc. [online]. 2002, vol.23, n.79, pp.125-161.

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Expectativas para o novo semestre

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É muito bom retornar para as aulas e perceber o quanto o curso de Pedagogia tem me auxiliado a crescer academicamente, profissionalmente e pessoalmente. Um processo de formação que ao estabelecer articulações constantes com a nossa prática docente tem nos ajudado a refletir sobre as nossas práticas para podermos retornar as nossas sala de aula [ todos os dias] melhores. 
Retomo a compreensão de professor reflexivo que estudamos no semestre anterior a partir do pensamento de Alcarão, onde a autora aponta que  a reflexão: [...] é uma capacidade. Como tal não desabrocha espontaneamente, mas pode desenvolver-se. Para isso, tem de ser cultivado e requer condições favoráveis para o seu desabrochar (ALARCÃO, 1996, p.9)
Que muitas reflexões possam desabrochar nesse semestre é o meu desejo! 

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segunda-feira, 3 de julho de 2017

Discutindo sobre a qualidade na Educação: acesso e permanência

            Essa semana na interdisciplina de Organização e Gestão da Educação, fomos convidadas a assitir um programa realizado pela TV escola sobre o tema da qualidade da Educação. São algumas reflexões suscitadas a partir do programa que compartilho com vocês hoje.  Após ver o programa percebi o quanto o conceito de qualidade na educação é bastante polissêmico e um campo de disputa e de fortes relações de poder. A professora Dalila de Oliveira destacou que a qualidade em um país tão desigual como o Brasil passa por políticas de acesso cada vez mais ampliadas e inclusivas. 
           Outro elemento importante relativo a qualidade destacado pelo professor Luís Dourado, no programa, refere-se a considerarmos sempre que pensamos em qualidade da educação, atentarmos para as fortes assimetrias entre regiões brasileiras e entre os sistemas de ensino. O professor também refere-se aos fatores intra e extra escolares que devem ser considerados. Como fatores intra escolares Dourado destaca: bons professores, infraestrutura e livros didáticos, por exemplo. E por fatores extra –escolares Dourado vai destacar às condições de vida dos alunos e de suas família, seu contexto social e cultural.
             Assim precisamos como futuras pedagogas estarmos atentas para a discussão sobre qualidade na educação e buscar compreender quando essa discurso está circulando: quem está falando? De onde? E com que interesse? 

terça-feira, 27 de junho de 2017

Instâncias Colegiadas e gestão democrática


           Essa semana discutimos a importância das instâncias colegiadas para o fortalecimento da Gestão Democrática na insterdisciplina de organização do ensino fundamental. É importante lembrar que na nossa constituição federal promulgada em 1988 já era garantido o direito à educação e o princípio da Gestão democrática. Tal princípio foi ampliado e fortalecido com a publicação do Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional que em seu artigo 14 determina que “os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na Educação Básica de acordo com as suas peculiaridades, conforme os seguintes princípios: I – participação dos profissionais da Educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II – participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes”. O artigo 17 da mesma legislação destaca a autonomia da escola para promover uma gestão participativa, como podemos observar a seguir: “os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de Educação Básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direito financeiro público”.
          De acordo com Galina as instâncias colegiadas são os espaços de representação dos diferentes segmentos da escola: discentes, docentes, pais e comunidade. Nas palavras da autora: “É pela utilização desses espaços, fruto da conquista da própria comunidade, que a gestão democrática ganha força e pode transformar a realidade da escola”. (GALINA, p.11).
          Inspirada no texto de Galina, penso que será importante que a escola onde atuo se organize e mobilize no sentido de conquistar esses espaços de participação e tomada de decisão para podermos atuar mudando a realidade da escola. Compreendendo que o conselho escolar tem funções em diferentes instâncias: consultiva, deliberativa, mobilizadora, fiscalizadora e avaliatiava. Esse pode ser um espaço importante para começarmos a fomentar essas mudanças.

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terça-feira, 20 de junho de 2017

PPP e Regimento escolar: instrumentos para gestão democrática

"A qualidade da educação diz respeito, também, à capacidade das escolas em implementar a elaboração de um planejamento participativo autônomo e que apresente seus próprios assentos" (Silva e Bairros) 
Nessa semana faço minha reflexão a partir da interdisciplina de Organização do Ensino Fundamental. Na disciplina estamos discutindo sobre diversos elementos importantes para pensarmos sobre a organização da educação. 
Acredito que uma discussão qualificada sobre Projeto Político Pedagógico (PPP) e gestão democrática são muito importantes de serem realizadas para que possamos construir uma educação de mais qualidade. 
De acordo com o texto escrito por Maria Beatriz Silva e Mariângela Silveira sobre o PPP e o Regimento Escolar a construção desses dois documentos articulados ao planejamento pode contribuir para o fortalecimento da democracia e do principio da gestão democrática. Outro destaque do texto refere-se ao papel que as autoras atribuem ao professor como um ator político escolar capaz de promover mobilização e mudança em relação aos rumos da escola pública. 
Assim podemos refletir sobre a importância da construção de relações horizontais na gestão da escola para que tais documentos possam ser construídos de forma colaborativa e cooperativa fortalecendo uma cultura organizacional democrática. Infelizmente na escola que atuo percebo uma gestão que pouco conversa e troca com os professores e a comunidade implicando em processos decisórios que não são tomados pelo grupo mas por uma pessoa só. 
Como o texto aponta os professores como atores político poderiam produzir mudanças, mas acredito que tal construção também passa pelas condições laborais dos professores cada vez mais precarizadas. 
Entendo que o papel do gestor seria auxiliar e conduzir a construção de uma cultura colaborativa o que passaria pela construção de relações mais horizontais. 
Um exemplo que vejo que funciona lá na escola relacionado a participação das famílias vai ao encontro do que a professora Ilma Passos Veiga aponta no vídeo relacionado a importância da escola criar/ oportunizar horários e espaços de participação das famílias. Como somos uma escola que fica em uma área rural e a maioria dos pais trabalham no centro da cidade longe da escola, criamos além das reuniões horários alternativos para atendimento individual das famílias através de um acordo entre professores e os responsáveis do aluno. Acredito que ainda importa refletir sobre como a participação dessa família se efetiva para além de sua presença na escola para conversar sobre o desempenho do filho mas também nas tomadas de decisão da escola. 

BAIRROS, M. S.; SILVA, M. B. G. Projeto político pedagógico e regimento escolar: espaços para a construção de uma escola pública democrática. Disponível em: https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2010296/mod_resource/content/2/PPP.pdfacessado em: 09 jun 2017.
VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Filme/vídeo: A construção do Projeto Político Pedagógico da escola. TV Paulo Freire. 2007

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Administração empresarial Vs. Administração educacional

Nessa postagem gostaria de compartilhar uma reflexão derivada dos estudos na interdisciplina de organização e gestão da Educação. Quero refletir sobre a importância de uma administração escolar que leve em conta os princípios da Gestão democrática em detrimento de um modelo de administração empresarial à ser aplicado nas escolas em nome de uma maior eficiência nos processos educacionais. 
Com base nas discussões realizadas na interdisciplina e a partir dos diferentes exemplos apontados por nossas colegas nos fóruns  podemos compreender que a gestão das instituições escolares tem se configurado de diferentes formas e com diferentes perspectivas. Mesmo que após as leituras realizadas aqui compreendamos que a gestão democrática seja um dos princípios da organização da educação assegurados pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. (9394/96)
Com base nas reflexões de Dourado et. al., que estudamos essa semana, sobre a organização da educação escolar no Brasil a partir de uma perspectiva da gestão democrática, podemos compreender que a administração mesmo que tradicionalmente ligada às ideias de controle, produtividade e eficiência característicos do modo de produção capitalista enquanto uma atividade essencialmente humana precederia a organização da sociedade sob uma ótica capitalista. Assim podemos compreender administração como uma utilização de recursos para atingir determinados fins. (PARO, 1999)
Assim uma escola deve ter um processo de administração que leve em conta a natureza do processo pedagógico da instituição escolar e não uma administração empresarial. 
Nas últimas escolas onde tenho atuado, infelizmente, não percebo uma gestão que considere os aspectos e características do processo educacional. Na verdade tenho visto uma defesa por alunos, que são quase descritos como "clientes" que devem ter seus interesses contemplados e atendidos. Também observo uma cobrança da secretária de educação pela melhora de índices a partir de avaliações de larga escala e de atrelamento a melhorias nos planos de carreiras dos professores medidos pela "eficiência" do seu trabalho através desses resultados. 
Considero assim discussões como essas importantes para que possamos compreender e refletir sobre as diferenças que devem ser consideradas no trabalho de gestão educacional.

DOURADO, Luiz Fernandes. MORAES, Karine Nunes de. OLIVEIRA, João Ferreira. Gestão Escolar Democrática: definições, princípios, mecanismos de sua implementação. 13 p. Disponível em:< https://moodle.ufrgs.br/mod/resource/view.php?id=1224443>. Acesso em 30 maio 2017.
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quinta-feira, 8 de junho de 2017

Autonomia e a Gestão da Educação

Na interdisciplina de Organização e Gestão da Educação estamos estudando alguns conceitos importantes para o campo educacional. Assim estamos construindo coletivamente um glossário a partir de tais conceitos. 

Um dos conceitos que muito me interessou e que eu busquei mais informações é o conceito de autonomia. 

Compartilho algumas das minha descobertas: 

1- De acordo com o dicionário a palavra autonomia pode nos remeter a diferentes significados, cito alguns aqui: 1- Faculdade de um país, ou de uma região de se administrar por suas próprias lei. 2- Independência administrativa em relação a um poder central. 3- Liberdade moral ou intelectual. (Dicionário Pribermam https://www.priberam.pt/dlpo/autonomia) 
2- Já se recorrermos a etimologia da palavra podermos compreender um pouco mais sobre o seu significado. A palavra autonomia vem do grego Autós que remete a ideia de "Próprio, si mesmo" e Nomos que remete à nomes e pode dar a compreensão de normas e regras. Assim a palavra viria da ideia de compreendemos por nós mesmos normas e regras. (https://www.gramatica.net.br/origem-das-palavras/etimologia-de-autonomia/) 
3- Podemos ainda ampliar a discussão sobre autonomia tomando como base as discussões estabelecidas pelo filósofo Immnuel Kant (http://www.infoescola.com/biografias/immanuel-kant/) que nos apresentou importantes discussões relacionadas a essa temática, mostrando que autonomia teria relação com o sujeito não abdicar sua capacidade de pensar, tutelando ao outro. Vale a pena conferir esse vídeo sobre a questão:

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Avanços e retrocessos: reflexões sobre a LDBEN

"Mexer na LDBEN é abrir o campo para novos retrocessos" (Jamil Cury)

Fomos convidadas pela interdisciplina de organização do ensino fundamental a assistir uma palestra com o professor Jamil Cury sobre as trajetórias na consolidação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação nacional.

O pesquisador desataca que nos último anos os grandes avanços que podem ser visíveis e devem ser destacados com relação a LDBEN referem-se a: 1- Educação Infantil; 2- respeito à diferença; 3- maior controle sobre a presença dos alunos

Após apresentar tais avanços o pesquisador também pergunta sobre quais modificações podem ocorrer e como tais modificações podem significar um retrocesso para a trajetória da nossa legislação brasileira da educação. Os pontos que devemos estar atentos de acordo com Cury são:

1- Qual impacto da reforma do Ensino Médio sobre a LDBEN?
2- O silêncio em torno do Plano Nacional de Educação
3- Base Nacional Curricular Comum
4- A proposição de uma "nova" LDBEN

Segundo o professor a LDBEN é um campo de disputas e interpretações, um espaço de perdas e ganhos, sendo assim, especialmente como professores e professoras, considerando o tempo sombrio que vivemos devemos estar atentos para tais questões.


quinta-feira, 25 de maio de 2017

Educação e a cultura do imediatismo: tempos contraditórios

Minha postagem hoje é inspirada pelas discussões da interdisciplina "Organização e gestão da Educação". Nessa atividade fomos convidadas a assistir uma entrevista com o sociólogo Zygmunt Bauman.

De acordo com a entrevista hoje vivemos uma passagem de uma sociedade baseada na produção para uma sociedade baseada no consumo e precisamos estar atentos para quais os reflexos dessa problemática para a Educação.

Bauman aponta na entrevista que a educação tem um papel tremendamente importante e para destacar essa importância relembra um ditado chinês que diz assim: se você planeja para um ano, semeie milho. Se você planeja para dez ano, plante uma árvore. Se você planeja para cem anos, eduque pessoas.

Com esse ditado Bauman nos alerta sobre a importância da educação para a construção da sociedade que queremos.

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quinta-feira, 18 de maio de 2017

A importância do planejamento


Essa semana minha reflexão busca articular as diferentes interdisciplinas que temos participado como alunas nesse semestre e a minha experiência pela primeira vez em um curso realizado grande parte na modalidade EaD.

Um dos maiores aprendizados, tem relação com uma tarefa que como professora já estava habituada: O PLANEJAMENTO.

Cada semestre tenho me dado conta da importância do planejamento para poder dar conta das atividades das interdisciplinas, do trabalho na escola e da vida em família.

Acredito que com um bom planejamento podemos dar conta das diferentes demandas sem acumular muitas atividades para o final do semestre que já sabemos é um período que temos muita demanda na escola.

O vídeo nos ajuda a refletir de forma bastante criativa sobre a importância de planejar...