sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Semana da Consciência Negra



Como já comentei em outra postagens, trabalho em uma escola que fica localizada em uma região Quilombola na área rural do município de Portão. Sendo assim, quando se aproxima o dia 20 de Novembro nossa escola de forma articulada com a comunidade organiza uma série de atividades para os alunos e para a comunidade. Sendo assim gostaria de compartilhar alguns registros do dia de ontem onde a escola parou para discutir e celebrar a importância dessa data. 

Além de compartilhar essas imagens gostaria de retomar algumas discussões realizadas na interdisciplina de questões Étnico- Raciais sobre os conceitos de raça e cor. De acordo com Senkevisks, Machado e Oliveira (2016) a utilização da expressão raça é um artificio teórico que precisa ser compreendido como uma construção histórica. De acordo com os pesquisadores do INEP é importante lembrar que a noção de raça foi historicamente adotada como ferramenta de exclusão e hierarquização. Os autores também apontam que se a noção de raça é dotada de uma realidade social e culturalmente construída a noção de cor também deve ser problematizada. “Em seu sentido atual, a cor é empregada para designar a classificação racial dos sujeitos sem, no entanto, sem comprometer com a ‘raça’ em si” (SENKEVISKS, MACHADO E OLIVEIRA, 2016, p. 9) Porém essa concepção estaria olhando para a cor com um fenômeno natural alimentando uma falsa suposição de que os traços biológicos e de aparência física seriam dados objetivos, biológicos e neutros. Assim na palavra dos autores seria importante “analisar o que significa pertencer a uma cor ‘branca’, ‘preta’ ou amarela” (SENKEVISKS, MACHADO E OLIVEIRA, 2016, p. 9) porque assim perceberíamos que o conceito de cor é invariavelmente aliado a noção de raça. Assim os autores questionam: “Se a noção de cor é, no fundo, um sinônimo de raça, porque continuar operando com a primeira?” (SENKEVISKS, MACHADO E OLIVEIRA, 2016, p. 10)














SENKEVISKS, Adriano Souza; MACHADO, Taís de; OLIVEIRA, Adolfo Damuel. A cor ou raça nas estatísticas educacionais. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira: 2016. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário