Como já comentei em outra postagens, trabalho em uma escola que fica localizada em uma região Quilombola na área rural do município de Portão. Sendo assim, quando se aproxima o dia 20 de Novembro nossa escola de forma articulada com a comunidade organiza uma série de atividades para os alunos e para a comunidade. Sendo assim gostaria de compartilhar alguns registros do dia de ontem onde a escola parou para discutir e celebrar a importância dessa data.
Além de compartilhar essas imagens gostaria de retomar algumas discussões realizadas na interdisciplina de questões Étnico- Raciais sobre os conceitos de raça e cor. De
acordo com Senkevisks, Machado e Oliveira (2016) a utilização da expressão raça
é um artificio teórico que precisa ser compreendido como uma construção
histórica. De acordo com os pesquisadores do INEP é importante lembrar que a
noção de raça foi historicamente adotada como ferramenta de exclusão e
hierarquização. Os autores também apontam que se a noção de raça é dotada de
uma realidade social e culturalmente construída a noção de cor também deve ser
problematizada. “Em seu sentido atual, a cor é empregada para designar a
classificação racial dos sujeitos sem, no entanto, sem comprometer com a ‘raça’
em si” (SENKEVISKS, MACHADO E OLIVEIRA, 2016, p. 9) Porém essa concepção
estaria olhando para a cor com um fenômeno natural alimentando uma falsa
suposição de que os traços biológicos e de aparência física seriam dados
objetivos, biológicos e neutros. Assim na palavra dos autores seria importante
“analisar o que significa pertencer a uma cor ‘branca’, ‘preta’ ou amarela”
(SENKEVISKS, MACHADO E OLIVEIRA, 2016, p. 9) porque assim perceberíamos que o
conceito de cor é invariavelmente aliado a noção de raça. Assim os autores
questionam: “Se a noção de cor é, no fundo, um sinônimo de raça, porque
continuar operando com a primeira?” (SENKEVISKS, MACHADO E OLIVEIRA, 2016, p.
10)
SENKEVISKS,
Adriano Souza; MACHADO, Taís de; OLIVEIRA, Adolfo Damuel. A cor ou raça nas estatísticas educacionais. Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira: 2016.
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