A postagem de hoje tem como objetivo apresentar algumas inquietações provocadas a partir da leitura de um texto de Edgar Morin: " As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão" para a interdisciplina de filosofia da Educação.
O texto de Morin, me fez pensar sobre
várias questões acerca do nosso trabalho como professores e professoras. No
texto o pesquisador destaca que todo conhecimento comporta o risco do erro e da ilusão.
Assim, como educadores que trabalham com o conhecimento precisamos estar
atentos aos erros e ilusões concernentes ao nosso trabalho.
O destaque do texto que me provocou inquietação refere-se a discussão do que Morin nomeia como “cegueiras paradigmáticas”. Para
o pesquisador, um paradigma desempenharia um duplo papel: de um lado seria um
papel subterrâneo e de outro um papel soberano. Assim em qualquer teoria,
doutrina ou ideologia o paradigma atuaria tanto de forma inconsciente como alimentaria
o pensamento consciente. Nas palavras do autor: “o paradigma instaura relações
primordiais que constituem axiomas, determina conceitos, comanda discursos e/ou
teorias. Organiza a organização deles e gera a geração ou a regeneração”
(MORIN, 2002, p. 26)
Assim fiquei me perguntando, quais paradigmas tem atuado e constituído
a minha prática docente? Pois se os paradigmas atuam de forma tanto subterrânea
quanto soberana produzindo uma espécie de cegueira, caberia a nós educadores
estar atentos aos paradigmas que constituem as nossas práticas lembrando que
como aponta o autor “um paradigma pode ao mesmo tempo elucidar e cegar, revelar
e ocultar. É no seu seio que se esconde o problema- chave do jogo da verdade e
do erro” (MORIN, 2002, p. 27)

MORIN, Edgar. Os sete
saberes necessário à educação do futuro. São Paulo: Cortez, 2002.
Nenhum comentário:
Postar um comentário