segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Sobre erros e ilusões na Educação

     A postagem de hoje tem como objetivo apresentar algumas inquietações provocadas a partir da  leitura de um texto de Edgar Morin: " As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão" para a interdisciplina de filosofia da Educação. 
    O texto de Morin, me fez pensar sobre várias questões acerca do nosso trabalho como professores e professoras. No texto o pesquisador destaca que todo conhecimento comporta o risco do erro e da ilusão. Assim, como educadores que trabalham com o conhecimento precisamos estar atentos aos erros e ilusões concernentes ao nosso trabalho.
    O destaque do texto que me provocou inquietação refere-se a discussão do que Morin nomeia como “cegueiras paradigmáticas”. Para o pesquisador, um paradigma desempenharia um duplo papel: de um lado seria um papel subterrâneo e de outro um papel soberano. Assim em qualquer teoria, doutrina ou ideologia o paradigma atuaria tanto de forma inconsciente como alimentaria o pensamento consciente. Nas palavras do autor: “o paradigma instaura relações primordiais que constituem axiomas, determina conceitos, comanda discursos e/ou teorias. Organiza a organização deles e gera a geração ou a regeneração” (MORIN, 2002, p. 26)
    Assim fiquei me perguntando, quais paradigmas tem atuado e constituído a minha prática docente? Pois se os paradigmas atuam de forma tanto subterrânea quanto soberana produzindo uma espécie de cegueira, caberia a nós educadores estar atentos aos paradigmas que constituem as nossas práticas lembrando que como aponta o autor “um paradigma pode ao mesmo tempo elucidar e cegar, revelar e ocultar. É no seu seio que se esconde o problema- chave do jogo da verdade e do erro” (MORIN, 2002, p. 27)
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MORIN, Edgar. Os sete saberes necessário à educação do futuro. São Paulo: Cortez, 2002. 

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