terça-feira, 10 de outubro de 2017

Um pouco sobre a histórica das pessoas com deficiência...


Na interdisciplina de Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais estamos estudando um pouco sobre a história das pessoas com deficiência. Para tanto assistimos um filme chamado: “a história geral do Atendimento à Pessoa com deficiência”, o vídeo aponta que até a década de 70 as pessoas com deficiência eram invisíveis ficando restritas as instituições e/ou no âmbito familiar.
O vídeo marca a importância do ano de 1981, como o Ano Internacional das Pessoas deficientes. Destaca-se que a ONU ao utilizar a conceituação “pessoas deficientes” provoca uma mudança de paradigma com relação a esses sujeitos que até então eram denominados como “os deficientes”, “os inválidos”. A importância de inserir a conceituação pessoas marca uma virada importante para o Movimento das pessoas com deficiência. Dando um grande impulso para esse área de conhecimento, segundo os entrevistados. 

A imagem que escolhi para essa postagem, também nos ajuda a compreender um pouco sobre essa história. No texto que lemos a autora Olga Rodrigues explica que na Pré- história as pessoas com deficiência eram abandonadas e muitas vezes acabavam morrendo devido as configurações organizativas daquelas sociedades. Na Antiguidade existem relatos de práticas de eliminação e abandono, onde as pessoas que nasciam com alguma deficiência, não eram nem consideradas seres- humanos. Assim acredito que podemos considerar que nesse período tais pessoas vivenciaram práticas de EXCLUSÃO. Na Idade Média com a difusão do cristianismo essas pessoa, passam a ser consideradas “filhos de Deus” e portanto não podiam ser abandonadas ou eliminadas. Dependendo do nível da deficiência as pessoas eram institucionalizadas ou ficavam no interior das famílias. Vivenciando práticas de SEGREGAÇÃO. Na idade moderna começam a ter relatos de práticas educativas que visavam a adequação das pessoas com deficiência na sociedade. Práticas que podemos denominar como de INTEGRAÇÃO. E só mais recentemente que os estudos e movimentos das pessoas com deficiência começam a apontar para a necessidade de a sociedade mudar. Movimento que podemos denominar como de INCLUSÃO. Como destaca um dos participantes do vídeo:
“A integração é um modelo segundo o qual pessoas com deficiência uma vez reabilitadas, uma vez habilitadas, alcançam um patamar, um padrão de se encaixar na sociedade como ela sempre existiu. O modelo de inclusão é mais ou menos o inverso. Ou seja não é para encaixar a pessoa na sociedade. Não é para encaixar uma pessoa em uma sociedade que não mudou. A inclusão é você mudar a sociedade. Derrubar todas as barreiras, tirar todos os obstáculos, mudar atitudes, mudar o sistema. Para que qualquer pessoa, tendo deficiência ou não, ou qualquer que seja a deficiência, possa fazer parte da sociedade”.

Referências:




Texto: Rodrigues, Olga Maria Piazentin Rolim. Educação especial: história, etiologia, conceitos e legislação vigente / Olga Maria Piazentim Rolim Rodrigues, Elisandra André Maranhe. In: Práticas em educação especial e inclusiva na área da deficiência mental / Vera Lúcia Messias Fialho Capellini (org.). – Bauru: MEC/FC/SEE, 2008

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