Nessa semana fomos desafiadas a refletir sobre como trabalhamos com os conceitos de multiplicação e divisão com nossos alunos.
Confesso que quando li a propostta fiquei assustada e meu susto foi pois eu tinha
certeza de que não trabalhava com multiplicação e divisão com meus alunos,
afinal sou professora da Educação Infantil.
Depois comecei a refletir e me dei
conta de que em vários momentos da minha prática docente provoco meus alunos a
refletirem e criarem hipóteses que envolvem sim operações de multiplicação e
divisão.
Durante
o lanche, por exemplo quando as bolachas do pacote que estava separado para nossa
turma estão acabando e temos por exemplo 10 bolachas e 5 alunos ainda querem,
eu peço para que eles dividam. E mesmo sendo muito pequenos eles conseguem
realizar a atividade com sucesso.
Após
a leitura do texto, selecionado para essa semana, desejo potencializar as atividades que já desenvolvo com
meus alunos, dando foco para duas ações que são apontadas na leitura: O jogo e
a resolução de problemas.
Segundo
o texto o jogo é uma atividade propicia para introduzir o trabalho com campos
conceituais pois através dele as crianças estão mais livres das exigências
habituais e podem se valer de todo tipo de procedimento.
Ainda
na abordagem de campos conceituais é importante assumirmos a compreensão de que
o que está em jogo na resolução de um problema deve vir antes da sistematização
de um procedimento para solucioná-lo. Assim não é porque os alunos estão na
Educação infantil e não conhecem as operações formais de multiplicação e
divisão que eles não possam resolver pequenos desafios que envolvam esses
campos conceituais.
Você deve estar pensando: O que a Reforma do Ensino Médio no RS, tem haver com a Educação na Finlândia? A priori eu também não conseguiria estabelecer essa relação, mas essa semana iniciamos os estudos na interdisciplina: Escola, Projeto Pedagógico e Currículo e fomos provocadas pela professora Silvana Coberlini a estabelecer essa relação. Lemos uma entrevista sobre a Reforma da Professora Carmem Craidy, que você pode ler nesse link: http://www.sul21.com.br/jornal/reforma-do-ensino-medio-e-arcaica-ate-do-ponto-de-vista-de-uma-formacao-para-o-mercado/ Depois assistimos a esse pequeno vídeo sobre a Educação na Finlândia:
E assim fica fácil fazer algumas relações. Eu destaquei três pontos que gostaria de compartilhar e refletir com vocês:
1- O primeiro elemento que gostaria de destacar no vídeo
relacionando com a entrevista da professora Carmem Craidy sobre a Reforma do
Ensino Médio tem relação com aampliação da
carga horáriados
alunos na escola. Segundo a entrevista esse aumento da carga horária só
produziria mais desgaste e sobrecarregaria os professores que atuam nas escola.
O Vídeo mostra que a Finlândia melhorou seus índices na Educação não ampliando
a carga horária, mas ao contrário, diminuindo garantindo assim que as crianças
e adolescentes tenham tempo livre para poder construir/ vivenciar outras
experiências.
2- O segundo ponto que desejo destacar refere-se a não obrigatoriedade de disciplinas como
artes, educação física, sociologia e filosofia. Na entrevista a professora
Carmem destaca a importância desses componentes curriculares para a formação de
nossos jovens. No vídeo também fica visível o quanto diferentes áreas do saber
são acionadas pelos professores, com o objetivo de auxiliar, como diz uma das
professoras no vídeo os jovens a usarem de forma cada vez mais qualificada seus
cérebros, nas palavras da professora: "Nós tentamos ensinar-lhes tudo
aquilo que necessitam de modo a que possam usar efetivamente os seus cérebros o
melhor que puderem incluindo educação física, artes, música tudo o que possa de
fato fazer com que o cérebro trabalhe melhor.
3- O
terceiro e último destaque refere-se a utilização de testes padronizados. Sabe-se que uma das justificativas para essa
reforma é o baixo desempenho dos estudantes em avaliações de larga- escala e
padronizadas. Como podemos observar no vídeo a Finlândia melhora sua qualidade
na educação virando as costas para esses instrumentos e ouvindo seu corpo
docente e principalmente seus alunos. Assim o índice de qualidade na Educação
não deveria ser medido apenas por avaliações que só tem produzido o rankeamento
das escolas e o aumento da precarização na Educação.
A reflexão dessa semana é provocada pela questão que intitula essa postagem, lançada na interdisciplina de "Representação do mundo pelos Estudos Sociais".
Após lermos o texto: “A
fotografia como objeto e recursos de memória”, fomos convidadas a construir uma portfólio de fotografias da nossa memória docente. Confira alguns dos momentos da minha trajetória que escolhi para compor esse documento:
Ano de 2013- Atividade com o boneco de pano
representando o guarda de trânsito, no projeto sobre os cuidados com o trânsito
Ano de 2014- visita a uma região Quilombola com a minha turma e depois socializando no fórum do município o projeto: “Existe lápis cor de pele?”
Ano de 2015- Visita da minha cachorra Lady parte
integrante de um projeto sobre os animais
Ano de 2016- Registro do projeto: “O fusquinha cor de
rosa”, onde debatemos sobre as relações de gênero na educação infantil
Optei
construir meu portfólio de memórias docentes, registrando alguns dos projetos
desenvolvidos nos últimos anos ao longo da minha trajetória docente.
Ao
retomar essas fotografias, pude de alguma forma relembrar e reconstruir muitos
momentos vividos como professora e me dei conta como tenho me constituído
docente nessa trajetória: é no espaço da sala de aula e na minha relação com
colegas, escola e principalmente com os alunos que tenho me constituído como
professora diariamente.
Encerro essa postagem com uma citação do texto estudado sobre a importância da fotografia :
É
incontestável afirmar que a fotografia pode ser considerada um dos grandes
relicários, documento/monumento, objeto portador de memória via e própria.
Tomamos como exemplo os álbuns de família, fotos de viagens, retrato de uma
antiga namorada. Com ela reassumimos nossa condição de existência; com elas
descobrimos que podemos preservar a lembrança dos grandes momentos e das
pessoas que nos são importantes: são referências da nossa história, elas
existem para nunca deixarmos de lembrar destes momentos. (FELIZARDO,
SAMAIAN, 2007, p. 207)
Referência:
FELIZARDO, Adair; SAMAIN, Etienne. A fotografia
como objeto e recurso de memória. Discursos fotográficos. Londrina, v.3,
n.3, p.205-220, 2007. Disponível em:
<http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/discursosfotograficos/article/view/1500/1246>
Acesso em: 20 set. 2016.
Essa semana na interdisciplina de Estudos sociais estudamos sobre o conceito de Representação Social.
De acordo com o texto estudado na interdisciplina, o conceito
de representação possui uma ligação ao conceito de identidade e também apresenta
uma relação com a cultura dos grupos de pertinência que iram oferecer as
possibilidade para a construção identitária.
Segundo Vasconcelos e Caetano(2014), com base nos estudos de Moscovici, a representação social apresenta duas funções principais:
1- convencionalizar: objetos, pessoas e/ou
acontecimentos.
2- prescrever condutas: decretando formas de pensar, agindo de
forma estruturante antes que comecemos a pensar.
Ainda sobre essa questão as
autoras apontam que:
[...] as
representações sociais regulam a nossa relação com os outros e orientam o nosso
comportamento. As representações intervêm ainda em processos tão variados como
a difusão e a assimilação de conhecimento, a construção de identidades pessoais
e sociais, o comportamento intra e intergrupal, as ações de resistência e de
mudança social.(VASCONCELOS E CAETANO, 2014, p.7)
Com base no estudo desse conceito comecei a refletir sobre quantas "representações sociais" exitem em nossa cultura e como elas ao fortalecerem uma identidade podem estar operando na reprodução de uma única forma de sermos alguma coisa. Assim trago alguns exemplos, através de imagens, para que possamos refletir como essas representações sejam de um povo, de uma profissão ou de um padrão de "feminilidade" tem operado e produzido debates sobre tais questões:
Referências:
VASCONCELOS, Lícia; CAETANO, Vitor. Diálogo entre
representação social e identidade: considerações iniciais. SIMPÓSIO EDUCAÇÃO E
SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA, 9.Anais...Disponível
em:
http://www.cap.uerj.br/site/images/trabalhos_espacos_de_dialogos/13-Vasconcellos_e_Caetano.pdf>
Acesso em: 20 set. 2016
Na interdisciplina de Ciências fomos desafiadas a realizar algumas experiências com nossos alunos. A experiência realizada com a minha turma tem o nome: "saco que não fura".
A escolha da atividade considerou a faixa etária que atuo como professora. Trabalho com uma turma de 02 anos e de acordo com o texto: "O ensino de ciências e Educação Infantil" escrito por Russel Rosa para essa faixa etária devemos oferecer atividades em grupo e que tenham como foco o desenvolvimento da linguagem e é importante que tenha uma curto período de duração para respeitar o tempo de concentração dessa faixa etária.
Nessa atividade pude observar que os alunos, como estão desenvolvendo a linguagem não construíram muitas hipóteses sobre o motivo de não sair água, mas utilizaram da linguagem oral para descrever o que estava acontecendo. Mostraram-se também bastante curiosos e atentos.
Achei a atividade muito significativa.
Quem quiser pode conferir como foi a atividade com a minha turma pode ver no vídeo abaixo:
No trabalho com o ensino e a
aprendizagem de números e operações, o grande desafio seria encontrar um
equilíbrio adequado entre fazer contas e justificar compreender minimamente os
procedimentos utilizados. (BITTAR, FREITAS e PAIS, 2013, p. 20)
A reflexão dessa semana é motivada pelos estudos da interdisciplina de representação do mundo pela matemática. Nessa semana estudamos as possibilidades de trabalho com as quatro operações no Ensino Fundamental. No texto estudado essa semana, os
autores apontam a importância de que o trabalho com a matemática deve
extrapolar o ensino dos números e de fazer conta, mas sempre, levando em consideração a
construção da hipótese dos alunos para a obtenção destes resultados. Ainda de
acordo com o texto é importante que o ensino de matemática tome como ponto de
partida os conhecimentos prévios das crianças, pois elas conhecem rudimentos
das operações antes de entrar na escola.
Atualmente
atuo como docente em uma turma de Educação Infantil, os alunos tem entre 2 e 3
anos de idade. Busco utilizar diariamente a matemática em nossas aulas. Uma das
atividades que contempla as operações de adição e subtração é o momento da
chamada. Temos um cartaz onde ficam ganchinhos com as fotos dos alunos. Todos
os dias retiramos e colocamos em um pote as fotos dos alunos que não vieram.
Neste momento busco explorar com os alunos o pensamento matemático através de
perguntas: - Quantos meninos vieram? E meninas? E ao todo? Quanto coleguinhas
tem na turminha? Quantos não vieram? Quantos temos hoje? Para responder as
questões os alunos utilizam a contagem das plaquinhas com as fotos dos colegas,
realizando além das operações de adição e subtração, atividades de classificação
e seriação.
A
leitura do texto me fez refletir sobre a importância do trabalho com os
conceitos matemáticos, no dia a dia da sala de aula. A partir das reflexões
propostas no texto pretendo ampliar o trabalho com tais conceitos explorando
ainda mais os conhecimentos prévios das crianças e as hipóteses que elas
utilizam para chegar nos resultados, pois como apontam os autores:
A aprendizagem matemática envolve
compreensão e também habilidade e técnica. Ou seja, não podemos banir a prática
da técnica, mas não acreditamos em técnica sem um pouco de compreensão. (BITTAR,
FREITAS e PAIS, 2013, p. 47)
Me
encaminho para a conclusão dessa breve reflexão, com as palavras dos autores
onde eles apontam a importância do trabalho com a matemática buscar uma
articulação entre: compreensão, habilidade e técnica. Assim como professores
devemos buscar contemplar tais dimensões em nosso fazer pedagógico.
Referências:
BITTAR,
Marilena. FREITAS, José Luiz Magalhães. PAIS, Luiz Carlos. Técnicas e
tecnologias no trabalho com as operações aritméticas nos Anos Iniciais do
Ensino Fundamental. SMOLE, Katia Stocco.
MUNIZ, Cristiano Alberto (org.). A
matemática em sala de aula. Porto Alegre: Penso, 2013.
"Se quisermos ajudar nossos alunos a se relacionarem ativamente com
o passado, precisamos encontrar formas de ensiná-los, desde o começo, que iniciem o processo com eles e seus interesses, que envolvam uma
“aprendizagem ativa” e pensamento histórico genuíno, mesmo que embrionário,
de maneira crescentemente complexa." (COOPER, 2006, p. 174)
Nessa semana trabalhamos na interdisciplina de Estudos Sociais com o texto: "Aprendendo e ensinando sobre o passado a crianças de 03 a 08 anos", escrito por Hilary Cooper(2006). A leitura do texto foi bastante produtiva e me permitiu realizar uma reflexão sobre a importância do trabalho com História com crianças pequenas. Segundo a autora o ensino de História deve permitir que os alunos formulem hipóteses, avaliem, sustentem ideias com argumentos, ouçam os outros e reconheçam que às vezes não há resposta certa.
O texto traz várias sugestões de atividades envolvendo o trabalho especialmente em três dimensões: Discussão sobre o tempo, trabalho com fontes e criando fatos do passado.
Compartilho um projeto desenvolvido com minha turma, onde mesmo eles sendo muito pequenos, 02 anos, foi possível desenvolver algumas dessas dimensões.
O projeto tem como objetivo revistar as tradições que são passadas de geração para geração. Assim as famílias são convidadas para visitar nossa escola e ensinar algo que faça parte da sua tradição familiar. Relato o dia que a mãe de um aluno foi nos ensinar a receita de um bolo que é feito há muitos anos por sua família. Ela trouxe o caderno de receita que era da sua vó e foi nos contando como aprendeu a fazer esse bolo. Depois todos fizemos o bolo e também realizamos um lanche coletivo para compartilhar o bolo com os outros colegas da escola.
Referência:
COOPER, Hilary. Aprendendo e ensinando sobre o passado a crianças de 3 a 8 anos. Educar, Curitiba, v. Especial, p.171-190, 2006. Disponível em: <revistas.ufpr.br/educar/article/viewFile/5541/4055> Acesso em: 20 set. 2016.
Essa semana fomos desafiadas na disciplina de "Representação do mundo pela matemática" para realizar uma atividade que trabalhasse a comparação.
De acordo com o material disponível para estudo uma das primeiras ações que a criança faz é observar, e ao observar mais de um objeto é quase automático comparar.
Assim uma das funções da escola é tornar o ato de comparar mais complexo e refinado. É importante lembrar que nem todo tipo de comparação é óbvia para as crianças, assim é importante que como professores auxiliemos nossos aluno a aprender a usar, entender e criar critérios para seriar, classificar ou mesmo descrever um objeto ou uma coleção deles.
Como não tenho computador, nem internet na escola, não pude usar o objeto disponibilizado pelos professores, mas com base no objeto criei um jogo de comparação e realizei com meus alunos.
Você pode conferir a atividade no link abaixo: (Fiz um pequeno filme e está disponível no youtube):
"Para que o aluno aprenda matemática, ele precisa se sentir seguro diante de sua representação, precisa descobrir o caminho de uma relação menos angustiante, substituindo o caráter que o oprime na aprendizagem pela alegria da descoberta, para que juntos, aluno e professor, possam aprender, criar e recriar seus conhecimentos." (LOURENÇO, BAIOCHI e TEIXEIRA, p.33, 2012). Instigada pelos estudos realizados na interdisciplina de representação do mundo pela matemática e buscando compartilhar algumas das atividades que tenho realizado com meus alunos a partir do que estamos estudando no curso, compartilho com vocês um vídeo de uma conversa que tive co meus alunos sobre SERIAÇÃO:
"O desafio é constituirmos a escola num outro tempo, num tempo da
Atualidade, onde o foco no presente nos faria viver cada momento como um
acontecimento, sem pretensões de somar o número de aprendizagens para quantificá-la
ao final do ano letivo, onde a vivência do processo educacional fosse prazerosa
cotidianamente. A mudança que se requer é no como vivenciamos, os tempos de
aprendizagem e pedagógico independentemente do tempo de permanência que temos,
alunos e alunas, professores e professoras, na escola." (OLIVEIRA et al. p. 10, 2009)
Na última semana na interdisciplina de Representação do mundo pelos Estudos Sociais, realizamos uma reflexão sobre os tempos e espaços escolares.
Com base no texto de Oliveira et al. (2009) tivemos a oportunidade de compreender como o tempo e o espaço tem sido historicamente organizado nas instituições escolares e quais objetivos eram almejados com essa organização. Assim dentro da organização de tempos e espaços da escola, na Modernidade foi possível visualizar que os alunos eram hierarquizados com objetivo de homogeneização das turmas. Pois era necessário que todos se encontrassem no mesmo ponto de desenvolvimento para ocupar um determinado lugar em um determinado espaço.
As autoras então, nos provocam a pensar que na Atualidade deveríamos repensar essa organização do tempo e do espaço, com objetivos apenas mensuráveis de quantificação das aprendizagens, e pensarmos quais possibilidades poderiam ser construídas para que pudêssemos como professores e alunos nos relacionarmos de uma forma diferente com tempo e o espaço, vivenciando processos pedagógicos de mais qualidade, como na citação que eu trouxe para abrir essa postagem.
Referências:
OLIVEIRA, Cristiane
et al. Questões sobre o tempo no espaço escolar. Disponível em: <http://www.ufjf.br/espacoeducacao/files/2009/11/cc07_1.pdf>
Acesso em 20 set. 2016.
"Por tanto, alfabetizar matematicamente é ir além do saber escrever e ler um algarismo, é construir na criança a percepção de quantidade e o símbolo. Trazê-la para o mundo dos números requer muita atenção e vontade do profissional". (LOURENÇO, BAIOCHI e TEIXEIRA, p.39, 2012).
Nesse semana estamos estudando sobre a importância de trabalharmos com a alfabetização matemática na Educação Básica. Assim estudamos vários conceitos. Essa semana a ênfase foi nos conceitos de CLASSIFICAÇÃO e SERIAÇÃO.
No texto estudado as autoras Lourenço, Baiochi e Teixeira(2012) com base em Toledo(1997) mostram que classificar é uma operação lógica de importância fundamental em nossa vida, pois nos ajuda a organizar a realidade que nos cerca.
também com base em Toledo, as autoras apontam que enquanto a classificação repete as semelhanças entre os elementos, a seriação trabalha mais com a diferenças. Nas palavras das autoras: "Quando estamos seriando os objetos estabelecemos entre eles uma relação de diferença que possa ser quantificada permitindo que os elementos sejam colocados em ordem crescente ou decrescente".(LOURENÇO, BAIOCHI e TEIXEIRA, p.34, 2012).
Estou pensando em várias atividades para realizar com os meus alunos envolvendo estes conceitos. Fiquem atentos pois logo pretendo postar algumas dessas atividades por aqui. Ok?
Abraços e uma ótima semana para todos!
Referências:
LOURENÇO, Edvânia Maria da Silva, BAIOCHI, Vivian Tammy. TEIXEIRA, Alessandra Carvalho. Alfabetização matemática nas séries iniciais: O que é? Como fazer?. Revista da Universidade de Ibirapuera. São Paulo, V.4, p. 32-39, Jul/Dez, 2012.
"Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.
Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo.
Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado." Rubem Alves Essa semana no seminário integrador IV, fomos brindadas com um brilhante texto do pensador Rubem Alves sobre escolas gaiolas e escolas asas. Também fomos provocadas a refletirmos sobre quais práticas pedagógicas realizamos que podem se constituir como experiências de "escolas asas" Trabalho há bastante tempo na Educação Infantil e cada vez mais tenho refletido sobre como a rotina nesse espaço têm funcionado como uma espécie, utilizando a metáfora de Rubem Alves, de "gaiola". que prende e limita as possibilidades dos alunos viverem suas infâncias e de professores criarem com autoria suas práticas pedagógicas. Assim trago uma experiência que realizei motivada pela leitura do texto, onde ao sair com meus alunos do espaço escolar e ir até uma praça que fica localizada na frente da escola, pudemos, vivenciar alguns momentos de "escola asa". Compartilho algumas imagens desse momento: (Todas as imagens tem autorização para serem publicadas)
Referência:
ALVES, Rubem. Gaiolas ou asas? In: ALVES, Rubem. Por uma educação romântica. Campinas: Papirus, 2002, p. 29-32.
Na disciplina de "Representação do mundo pelos estudos sociais" refletimos sobre a importância do trabalho com Geografia e Cartografia no ensino básico.
A partir da leitura de um texto escrito por Catrogiovanni e Costella, pude compreender que é a Cartografia que instrumentaliza os sujeitos a lerem o mundo de forma mais complexa, pois oportuniza, em parte, a interação significativa com os símbolos que dele fazem parte.
Os autores também nos provocam a pensar que a Geografia ensina a ler o mundo com o auxílio da Cartografia através da abstração espacial
Após trazer exemplos práticos de atividades realizadas com alunos sobre o ensino de Geografia através da Cartografia os autores concluem o texto com a seguinte afirmativa:
"Conhecer é um processo de investigação e descoberta individual, cabe ao professor provocar esse ato"
Fiquei então pensando como professora de educação infantil, quais atividades eu poderia oferecer para os meus alunos que desenvolvessem habilidades voltadas para o trabalho com noções espaciais utilizando elementos da Geografia e da Cartografia. Seria possível?
Logo lembrei que uma atividade que realizo semanalmente com meus alunos consiste em caminhadas pelos arredores da escola, onde conversamos sobre os diferentes elementos que compõe o contexto do entorno escolar.
Assim desejo potencializar esses momentos, com base nos elementos do texto. Estou planejando construir uma maquete com meus alunos para representarmos os elementos que observamos em nossos passeios semanais.
Assim que a atividade for realizada posto aqui algumas fotos para contar como foi? Certo?
Uma ótima semana para todos...
Referências:
CASTROGIOVANNI, Antonio; COSTELLA, Roselane. Geografia e a cartografia escolar no ensino básico: uma relação complexa - percursos e possibilidades. In: SEBASTIÁ, Rafael; TONDA, Emilia. La investigación e innovación en la enseñanza de la Geografía. Alicante: UNE, 2016, p.15-26.
Nessa semana estamos estudando sobre escrita e autoria no seminário integrador IV. Para isso aprendemos um pouco mais sobre as diferentes formas que um textos pode ter.
De acordo com o material estudado um texto pode ser:
ARGUMENTATIVO: Nesse texto estaria visível a preocupação do autor em convencer o seu leitor com relação à seus argumentos.
DISSERTATIVO: Esse formato de texto tem como objetivo tecer um panorama e explicar ideias relacionadas à sua interpretação acerca de uma temática especifica.
DESCRITIVO: Consiste na representação verbal de um objeto, coisa, ser, paisagem ou até um sentimento. Tem como principal objetivo descrever o fenômeno, acontecimento, ou objeto para o seu leitor.
NARRATIVO: Apresenta uma sequencia de ações em um tempo e espaço em que as pessoas intervêm e inclui o locutor.
O texto ARGUMENTATIVO precisa contemplar alguns aspectos como:
1- Unidade na escrita
2- Buscar o convencimento do leitor
3- Preocupação em formar a opinião do leitor
4- Citação de textos
5- Ilustração dos argumentos como exemplos
Encerro essa postagem com uma reflexão da autora Clarice Lispector sobre o ato de escrever, que acredito vem ao encontro do que estamos estudando:
Essa semana voltamos as atividades do segundo semestre! Voltamos cheias de expectativas, novidades, medos, alegrias... Assim fomos acolhidas pelas professoras e pela equipe de tutores do seminário integrador IV, com uma conversa para poder tirar dúvidas e planejar o semestre que vem aí!
Uma das discussões realizadas foi relativa ao "worckshop de aprendizagens" e as avaliações realizadas por nossos pares- ou seja- nossas colegas do curso de Pedagogia.
É interessante refletir como a avaliação ainda parece um assunto tão controverso e que gera tantos debates... Ao pesquisar um pouco mais sobre essa temática lembrei da discussão proposta por Cipriano Luckesi sobre "avaliação da aprendizagem". Segundo Luckesi o ato de avaliar tem como objetivo diagnosticar uma experiência e escolher estratégias para obter um resultado mais satisfatório. Assim na "avaliação da aprendizagem", o instrumento utilizado deve possibilitar que o professor tenha elementos para refletir sobre como as aprendizagens dos seus alunos estão ocorrendo e quais estratégias eu devo desenvolver para produzir aprendizagens mais satisfatórias.
Penso que a experiência do "worckshop de aprendizagens" pode se constituir como um exemplo importante disso que Luckesi nomeia como "avaliação da aprendizagem".
Outro elemento importante na reflexão de Luckesi sobre avaliação é a distinção que ele realiza sobre: exame e avaliação. Segundo o autor nossas escolas tem realizado mais exames do que avaliação. O autor justifica essa afirmação explicando as principais diferenças entre o ato de examinar e o ato de avaliar, que são:
EXAMINAR
AVALIAR
Pontual
Não pontual/ Leva em consideração o processo
Classificatório
Dinâmica
Seletivo/ excludente
Includente
Vale a pena assistir esse vídeo para seguir refletindo sobre as questões apontadas por Luckesi:
Neste postagem busco realizar uma reflexão a partir do filme: "E seu nome é Jonas", uma indicação da professora de Libras.
Aqui além de contar à história que ocorre no filme busco realizar uma discussão sobre alguns aspectos que o filme traz a tona como:
Identidade surda, Língua de sinais, processos de in/exclusão e Escola de
surdos.
O
filme E seu nome é Jonas, narra a história de um menino surdo que passa por
diversas dificuldades em sua trajetória de vida, encontrando barreiras
principalmente, no convívio social. O filme começa em um hospital para crianças
com deficiência mental. As crianças são acordadas pelas enfermeiras, mas um
menino não acorda com o barulho ele tem que ser sacudido por uma das
enfermeiras, logo descobrimos que este menino é Jonas. Que está internado nesta
instituição porque ocorreu um erro em seu diagnóstico. Jonas foi internado
nesta instituição por três anos como se fosse um deficiente mental, mas na
verdade ele era surdo.
Ao
descobrir o erro médico, seus pais o retiram do ambiente hospitalar e o levam
para casa. O sentimento de culpa, então, passa a permear a relação dos pais.
A mãe de Jonas busca ajuda de todas as
maneiras possíveis, visando beneficiar sua família. Leva Jonas a uma clinica
para verificar seu nível de audição, Jonas então passa a usar um aparelho
auditivo extremamente grande marcando a questão da diferença-deficiência. Leva
também a uma instituição que não admite o uso de gestos, por considerar que as
crianças surdas que usam gestos seriam “preguiçosas”. Jonas então começa a passar por
diversas intervenções com a finalidade de “oralizalo”, para que no futuro ele
possa se comunicar com “todas as pessoas”, e não só com “surdos”. A mãe passa
por momentos bastante difíceis, ela não consegue se comunicar com Jonas e se
sente culpada por esta causa. Giordani nos ajuda a pensar sobre a questão da
inclusão de sujeitos surdos:
A
educação de surdos marca um debate fundamental dentro da implementação das
políticas de educação inclusiva. Em destaque, o próprio significado do termo:
quem disse que estar incluído é vivenciar a escola de ouvintes? Há outros
significados da inclusão que precisam ser discutidos como condição social de
viver os bens culturais que oferece a cidade. (GIORDANI, 2010, p. 78)
O pai
de Jonas tenta inserir e aceitar que o filho participe de sua rotina, mas
encontra muitas dificuldades para que isso ocorra. Uma cena que me despertou
bastante atenção foi quando o pai de Jonas leva ele e seu irmão para jogar
beisebol, e os seus amigos não querem que Jonas participe desta atividade por
ele ser “diferente”. Então o pai fica bravo e vai embora. Ocorrem diversas
situações onde Jonas acaba sendo excluído por sua limitação na comunicação que
levam o pai de Jonas a não agüentar a pressão social de ter um filho com
deficiência e abandonar seu lar, e sua família. Tornando a situação cada vez
mais difícil para mãe de Jonas.
Ao longo do filme, o ensino de uma língua
oral é visto pela família como a única forma de fazer com que Jonas seja aceito
e incluído pela sociedade. Nesse processo se evidencia o conflito entre
oralizar a criança ou utilizar a Língua de Sinais com ela. LOPES e VEIGA- NETO,
2010, p. 120 refletem um pouco sobre a trajetória dos surdos:
Na
relação com o ouvinte, o surdo foi ensinado e olhar-se e a narra-se como um
deficiente auditivo. A marca da deficiência determinou, durante a história dos
surdos e da surdez a condição de submissão ao normal ouvinte. Dessa história de submissão, criaram-se práticas
corretivas derivadas de saberes que informam e classificam os sujeitos dentro
de fases de desenvolvimento lingüístico, cronológico e de perda auditiva.
Após diversas tentativas frustradas de oralizar
seu filho, e ao perceber como todo aquele processo estava sendo doloroso, a mãe
de Jonas encontra com um casal de pais surdos, que possuem um filho que
participa da terapia da fala junto com seu filho. Então ela busca se comunicar
com eles para conhecer mais sobre os surdos e sobre a língua de sinais.
Acredito que esse é um dos momentos mais
importantes do filme pois é a partir desta parte que a mãe consegue aceitar seu
filho como surdo, e então opta por utilizar a língua de sinais como uma
forma de comunicação com o seu filho, mesmo indo contra várias pessoas que a
olham com suspeita e desprezo. CALDAS e SCHALLENBERGER nos alertam sobre a
importância de se compreender a diferença cultural do surdo:
São
muito importantes as práticas em sala de aula, tanto quanto as teorias
estudadas e apresentadas pelos professores e alunos. Trocas culturais são
fundamentais para a aproximação entre diferenças que buscam conviver em um
mesmo espaço. Compreender a diferença cultural do outro permite desentranhar
esse outro, assim como permite aprofundar os conhecimentos acerca da própria
cultura. (CALDAS; SCHALLENBERGER, 2010, p. 128.)
A partir deste primeiro contato da mãe de
Jonas com os surdos, Jonas começa a descobrir a língua de sinais através de um
professor surdo, que desempenha um papel fundamental, para auxiliar Jonas na
construção da sua linguagem e da sua comunicação. É uma das cenas mais lindas
do filme, quando Jonas consegue falar sinais como: cachorro-quente, menino,
menina, mãe. Jonas descobre o mundo a partir da língua de sinais.
Em uma
das últimas cenas do filme, podemos observar Jonas vibrando com o aprendizado da
língua de sinais e através dele construindo seu vocabulário e sua linguagem. Ele
utiliza a língua de sinais para nomear tudo que o cerca: árvores, folhas,
objetos, pessoas, etc. Com isso, ele consegue entender o significado de
palavras e conceitos que, até então, não faziam sentindo para sua vida. Através
deste processo ele consegue se expressar e dar sentido às experiências vividas
e que marcaram sua vida de forma traumática, como a morte de seu avô e melhor
amigo. Quando ele encontra a tartaruga morta e leva até a sua avó, como forma
de explicar que agora ela havia entendido o que havia ocorrido com o seu avô, e
ela através dos sinais diz que o ama, é muito emocionante.
O filme termina com Jonas e sua mãe indo até
a escola de surdos, Jonas parece bastante nervoso o que é compreensível dada
sua experiência traumática com a escola anteriormente. Quando ele entra na
escola e vê as crianças sinalizando, percebemos a felicidade dele ao se sentir
finalmente incluído. Agora ele mesmo se apresenta ele tem vez e voz, através da
língua de sinais para poder dizer: - MEU NOME É JONAS.
Ao assistir o filme pude refletir sobre a
importância da Língua de Sinais para a construção da identidade surda. Através da
aquisição da língua de sinais possibilitamos que os surdos se comuniquem com as
pessoas que os cercam e de uma maneira acessível e agradável consigam conviver
em sociedade e terem a possibilidade de construir uma vida digna.
Termino meu texto com as palavras de GUEDES,
2009, p. 48. Sobre a identidade surda:
Não
há uma única forma de ser surdo, não há uma única identidade que dê conta de
toda a diferença surda de forma homogênea. Sendo assim, não é compreensível que
os surdos continuem sendo vistos a partir das lentes que os determinam e
cristalizam na deficiência auditiva. Mais do que leis, escolas especiais ou
inclusivas, é necessário que se façam circular outros discursos em relação aos
surdos e à surdez.
Referências:
CALDAS, Ana Luiza Paganelli; SCHALLENBERGER,
Augusto. “Experiência docente de dois
professores surdos na universidade: Choques culturais” In: LOPES, Maura
Corcini; FABRIS, Elí Henn(Orgs.) “Aprendizagem
& inclusão implicações curriculares” . Santa Cruz do Sul: Edunisc,
2010.
GIORDANI, Liliane. “Educação inclusiva na educação de surdos: o que se permite entre a
política oficial e o movimento social?” In: LOPES, Maura Corcini; VIEIRA-
MACHADO, Lucyenne Matos da Costa.(Orgs.) “Educação
de surdos. Políticas, língua de sinais, comunidade e cultura surda.” Santa
Cruz do Sul: Edunisc, 2010.
GUEDES, Betina S. “A língua de sinais na escola inclusiva: estratégias de normalização da
comunidade surda” In: LOPES, Maura Corcini; HATTGE, Morgana Domênica
(Orgs.) “Inclusão escolar. Conjunto de
práticas que governam.” Autêntica,
2009.
LOPES, Maura Corcini; VEIGA-NETO, Alfredo. “marcadores culturais surdos” In: LOPES,
Maura Corcini; VIEIRA- MACHADO, Lucyenne Matos da Costa.(Orgs.) “Educação de surdos. Políticas, língua de
sinais, comunidade e cultura surda.” Santa Cruz do Sul: Edunisc, 2010.