segunda-feira, 27 de novembro de 2017

E as altas habilidades?


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   Gostaria de compartilhar algumas reflexões que realizamos na interdisciplina sobre as altas habilidades. O estudo dessa questão foi muito importante pois muitas vezes como professores podemos confundir mal comportamento com altas habilidades que podem produzir desinteresse do aluno. Assim estar atentas para a questão das altas habilidades é muito importante para auxilar os alunos a desenvolverem tais aptidões.
    No texto que lemos para interdisciplina a autora aponta que: "Um olhar para as diferenças pode favorecer um ensino mais individualizado e combinar pessoas com habilidades diferentes de modo mais flexível, atendendo ao verdadeiro princípio da inclusão" (BARRETO, p.  1, 2008)
    Com base no que o texto aponta podemos compreender que um trabalho pedagógico que busque se constituir inclusivo precisa estar atento as individualidades do aluno, buscando estratégias para auxilia-lo a desenvolver tais habilidades, mas também auxiliar os diferentes alunos com diferentes habilidades a conviver e compartilhar um espaço comum com respeito e solidariedade.

Fonte: SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Um olhar para as altas habilidades: construindo caminhos/Secretaria da Educação, CENP/CAPE; organização, Christina Menna Barreto Cupertino. – São Paulo: FDE, 2008.

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Sobre erros e ilusões na Educação

     A postagem de hoje tem como objetivo apresentar algumas inquietações provocadas a partir da  leitura de um texto de Edgar Morin: " As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão" para a interdisciplina de filosofia da Educação. 
    O texto de Morin, me fez pensar sobre várias questões acerca do nosso trabalho como professores e professoras. No texto o pesquisador destaca que todo conhecimento comporta o risco do erro e da ilusão. Assim, como educadores que trabalham com o conhecimento precisamos estar atentos aos erros e ilusões concernentes ao nosso trabalho.
    O destaque do texto que me provocou inquietação refere-se a discussão do que Morin nomeia como “cegueiras paradigmáticas”. Para o pesquisador, um paradigma desempenharia um duplo papel: de um lado seria um papel subterrâneo e de outro um papel soberano. Assim em qualquer teoria, doutrina ou ideologia o paradigma atuaria tanto de forma inconsciente como alimentaria o pensamento consciente. Nas palavras do autor: “o paradigma instaura relações primordiais que constituem axiomas, determina conceitos, comanda discursos e/ou teorias. Organiza a organização deles e gera a geração ou a regeneração” (MORIN, 2002, p. 26)
    Assim fiquei me perguntando, quais paradigmas tem atuado e constituído a minha prática docente? Pois se os paradigmas atuam de forma tanto subterrânea quanto soberana produzindo uma espécie de cegueira, caberia a nós educadores estar atentos aos paradigmas que constituem as nossas práticas lembrando que como aponta o autor “um paradigma pode ao mesmo tempo elucidar e cegar, revelar e ocultar. É no seu seio que se esconde o problema- chave do jogo da verdade e do erro” (MORIN, 2002, p. 27)
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MORIN, Edgar. Os sete saberes necessário à educação do futuro. São Paulo: Cortez, 2002. 

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Semana da Consciência Negra



Como já comentei em outra postagens, trabalho em uma escola que fica localizada em uma região Quilombola na área rural do município de Portão. Sendo assim, quando se aproxima o dia 20 de Novembro nossa escola de forma articulada com a comunidade organiza uma série de atividades para os alunos e para a comunidade. Sendo assim gostaria de compartilhar alguns registros do dia de ontem onde a escola parou para discutir e celebrar a importância dessa data. 

Além de compartilhar essas imagens gostaria de retomar algumas discussões realizadas na interdisciplina de questões Étnico- Raciais sobre os conceitos de raça e cor. De acordo com Senkevisks, Machado e Oliveira (2016) a utilização da expressão raça é um artificio teórico que precisa ser compreendido como uma construção histórica. De acordo com os pesquisadores do INEP é importante lembrar que a noção de raça foi historicamente adotada como ferramenta de exclusão e hierarquização. Os autores também apontam que se a noção de raça é dotada de uma realidade social e culturalmente construída a noção de cor também deve ser problematizada. “Em seu sentido atual, a cor é empregada para designar a classificação racial dos sujeitos sem, no entanto, sem comprometer com a ‘raça’ em si” (SENKEVISKS, MACHADO E OLIVEIRA, 2016, p. 9) Porém essa concepção estaria olhando para a cor com um fenômeno natural alimentando uma falsa suposição de que os traços biológicos e de aparência física seriam dados objetivos, biológicos e neutros. Assim na palavra dos autores seria importante “analisar o que significa pertencer a uma cor ‘branca’, ‘preta’ ou amarela” (SENKEVISKS, MACHADO E OLIVEIRA, 2016, p. 9) porque assim perceberíamos que o conceito de cor é invariavelmente aliado a noção de raça. Assim os autores questionam: “Se a noção de cor é, no fundo, um sinônimo de raça, porque continuar operando com a primeira?” (SENKEVISKS, MACHADO E OLIVEIRA, 2016, p. 10)














SENKEVISKS, Adriano Souza; MACHADO, Taís de; OLIVEIRA, Adolfo Damuel. A cor ou raça nas estatísticas educacionais. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira: 2016. 

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Reflexões sobre a inclusão escolar

Minha reflexão dessa semana tem como foco a interdisciplina: "Educação de Pessoas com Necessidades Especiais". Nessa interdisciplina fomos convidadas a repensar como compreendemos e pensamos a inclusão da pessoa com deficiência a partir de um texto e de um vídeo da professora Izabel Maior. 
Esse ano assumi o desafio de trabalhar em uma sala de recursos atendendo no contra turno os alunos com deficiência da escola onde atuo. As turmas da minha escola que têm em seu quadro alunos com deficiência são as turmas de terceiro ano que é composta por 13 alunos e tem uma aluna com paralisia cerebral e um aluno com deficiência intelectual. A turma de quarto ano que tem 15 alunos e um aluno com deficiência intelectual. A turma do sexto ano que tem 24 alunos e um aluno com paralisia cerebral e um aluno com deficiência intelectual. E a turma do oitavo ano com 17 alunos, sendo duas com diagnóstico de deficiência intelectual. Ao todos são 7 alunos com deficiência: dois com paralisia cerebral e 5 com deficiência intelectual em nossa escola. 
Os alunos estão incluídos na rotina escolar e na turma em que estão matriculados, participando das atividades e passeios propostos. Hoje mesmo foi realizado um passeio para a festa do município onde os alunos ganharam ingressos para brincar no parque de diversões. O parque não tinha acessibilidade para nossa aluna com cadeira de rodas. Mas os colegas ajudaram, em alguns momentos foi necessário pegar a aluna no colo, mas ela andou em todos os brinquedos junto com a turma. Era visível a felicidade dela por estar incluída na atividade com os seus colegas. Como aponta o texto da professora Izabel Maior "a história e o novo conceito de deficiência, mostram a evolução das sociedades para o respeito às diferenças individuais" acredito que a inclusão dos alunos no sistema regular de ensino é um grande passo nessa caminhada. Para encerrar essa postagem gostaria de trazer uma questão que a professora Izabel Maior nos faz no vídeo: "Como podemos desconstruir o que o estigma acarreta?" De acordo com Izabel Maior o estigma é o que leva a não aceitação do outro na forma que o outro é. 
Assim acredito que um dos papéis de uma educação inclusiva deve ser a desconstrução desses estigmas para construirmos uma sociedade mais acessível e igualitária.
Encerro essa postagem com alguns registros da atividade relata anteriormente: 


quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Mostra de vídeos sobre as questões Étnico- raciais

Acabei de chegar em casa e preciso realizar essa postagem sobre as aprendizagens adquiridas na noite de hoje na aula da interdisciplina de Educação Étnico raciais. Hoje a atividade proposta pelas professoras consistia na apresentação de vídeos organizados por grupos de trabalho sobre as questões discutidas ao longo do semestre na interdisciplina.
O meu grupo apresentou um vídeo que realizei na escola onde trabalho onde articulamos as discussões sobre projetos de aprendizagem e as questões étnico raciais, pois entrevistamos uma professora com um grupo de alunas que investigou um pouco da sua história conversando com moradores antigos da região Morro do Macaco Branco, região Quilombola situada na área rural do município de Portão.
Muitos vídeos apresentados hoje me chamaram a atenção e me emocionaram, assim volto agradecida da noite de hoje pois certamente ela ficará registrada na minha memória. Para o Professor Jorge Larrosa a experiência não seria algo que simplesmente nos passa, ou nos toca, mas algo que ao nos passar ou nos acontecer nos transforma. Certamente essa noite foi uma experiência, pois foi impossível sair dela igual.

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terça-feira, 7 de novembro de 2017

Piaget e os estágios de desenvolvimento

Nessa semana gostaria de comentar sobre os estudos realizados na interdisciplina de desenvolvimento e aprendizagem sob o enfoque da Psicologia II. Nas atividades da interdisciplina estamos sendo desafiadas a estudar e aprofundar nossos conhecimentos sobre a teoria piagetina. Um dos textos que estudamos sobre os estágios de desenvolvimento intelectual da criança e do adolescente Piaget  descreve cuidadosamente como o conceito de estágio deve ser compreendido na sua teoria. 
Acredito que será a partir de uma delimitação bem definida do conceito de estágios que o autor irá desenvolver sua teoria sobre o desenvolvimento cognitivo. Para Piaget a noção de estágio deverá respeitar 05 pressupostos, o primeiro consiste em considerar que eles devem respeitar uma ordem de sucessão e aquisição que será constante, assim a aprendizagem dependerá das experiências anteriores do sujeito e do meio social. O segundo refere-se ao que o pesquisador denominou como caráter integrativo, ou seja, as estruturas construídas numa idade se tornarão partes integrantes das estruturas na idade seguinte. O terceiro pressuposto consiste na estrutura de conjunto, cada estágio contemplará uma série de habilidades. O quarto é que será necessário considerar que cada estágio comporta um nível de preparação e um nível de acabamento. E o quinto é que existem diversos graus de estabilidade no nível de acabamento. 
Após essa descrição o autor irá então descrever o período da inteligência sensório- motor que será o primeiro período e se estenderá do nascimento até o aparecimento da linguagem, que o autor subdivide em seis estágios: 1- exercícios de reflexo (até 1 mês) 2- primeiros hábitos ( 1 até 4 meses e meio) 3- Coordenação da visão e preensão ( 4 meses e meio a 8- 9 meses) 4- Coordenação dos esquemas secundários (até 11- 12 meses) 5- diferenciação de esquemas de ação por reação circular terciária (até 18 meses) 6- Começo da interiorização dos esquemas e solução de alguns problemas (até 24 meses). O autor também descreve o período de preparação das operações concretas de classes, relações e número que se estenderia dos 2 anos até os 12 anos e estaria dividido em dois subperíodos: 1- Representações pré- operatórias 2- Operações concretas. E o terceiro e último período das operações formais. 
Referências: 
PIAGET, Jean. A epistemologia genética: Sabedoria e ilusões da filosofia. São Paulo: Abril cultura, 1983.