sábado, 30 de setembro de 2017

Diferença, preconceito e pesquisa


No post dessa semana desejo relatar um pouco sobre a atividade desenvolvida no Seminário Integrador. Mais uma vez, somos convocadas como alunas, a realizar um trabalho pedagógico a partir da proposta dos projetos de aprendizagem.
Tal experiência tem sido recorrente ao longo do curso e tem nos auxiliado a nos apropriarmos desta proposta seja como alunas, elaborando e executando as etapas do projeto, seja como professoras realizando a proposta com nossos alunos.
Nesse semestre estou realizando uma investigação que envolve os conceitos de diferença e preconceito olhando com especial atenção para a literatura e o espaço escolar.
Assim desejo investigar como as questões étnico-raciais são abordadas na literatura e se tais abordagens são contempladas no trabalho pedagógico dos professores.
Já realizei algumas etapas desse projeto como a criação do quadro de dúvidas e certezas, a criação e aplicação de um formulário online, e um levantamento bibliográfico inicial sobre algumas dúvidas e certezas.

Compartilho o meu formulário para que você possa participar da minha pesquisa...

https://goo.gl/forms/Sl6onxjYyXwsjUqq2

Ficou curioso? 


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Nas próximas semanas retorno para contar mais sobre as principais achados da minha pesquisa! 


quarta-feira, 27 de setembro de 2017

O que é aprendizagem e como aprendemos?

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Essa semana quero fazer algumas reflexões sobre o que temos estudado na interdisciplina de Desenvolvimento e aprendizagem sob o enfoque da Psicologia II.
Na primeira semana estudamos um texto muito importante que nos ajudou a compreender como diferentes campos teóricos e epistemológicos tem construído nossa compreensão acerca de como compreendemos a aprendizagem e os processos de aprender.

Para Fernando Becker e Tania Marques três grandes campos epistemológicos tem explicado historicamente nossas concepções acerca do que é aprender.

O primeiro campo apresentado pelos pesquisadores refere-se a concepção gestaltista de aprendizagem onde circularia uma compreensão de que os novos conhecimentos nasceriam de estruturas instantâneas de percepção ou insight.

O segundo campo teria relação com a teoria do reforço, onde acredita-se que a aprendizagem ocorre a partir da repetição de um modelo que se impõe a ele como estímulo.
O terceiro campo seria o da Psicologia e Epistemologias genéticas onde qualquer conquista do indivíduo dever-se-ia exclusivamente a sua ação. 

Para concluir os autores apontam que o processo de aprendizagem estaria ligado radicalmente ao processo de desenvolvimento, ocorrendo assim de patamar e patamar. Sendo assim caberia ao professor: “estar atento aos conceitos espontâneos trazidos pelo aluno, ouvindo sua fala e interpretando seus erros. A fecundidade dos desafios do professor depende, para começar, dessa sua capacidade”.

Referências

BECKER, Fernando. MARQUES, Tania Beatriz. Aprendizagem humana: processo de construção. In: Pátio. Revista Pedagógica. Ano IV, Nº. 15, p.58-61, nov. 2000/jan. 2001

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Estrutura do argumento

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Nessa semana desejo fazer uma reflexão sobre o que estamos estudando na interdisciplina: "Filosofia da Educação". Na primeira semana estudamos sobre dois modos que podemos utilizar para sustentar nossas opiniões: o dogmático e o crítico.

O pensamento crítico seria aquele onde a pessoa apresenta justificativas, estabelece argumentos e parte sua hipótese de evidências. já no pensamento dogmático não existira uma preocupação de justificar aquilo que eu afirmo. seria então o pensamento crítico que abriria condições para o diálogo porque partiria de regras comuns para sustentar o que é falado.

Ao refletirmos, estudarmos e exercitarmos sobre a estrutura do argumento pudemos compreender que todo argumento deve ser constituído de uma conclusão e uma ou mais premissas. A conclusão seria aquilo que ser quer justificar e a/as premissa/s aquilo que justifica a conclusão.

Acredito que tais compreensões acerca da estrutura do argumento e do pensamento crítico podem nos auxiliar a construir postagens mais qualificadas em nossos blogs apresentando argumentos com premissas e uma conclusão e o mais importante exercitando o ´pensamento crítico aberto ao diálogo.


quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Uma prática pedagógica sobre as questões étnico raciais na Educação Infantil



Nessa semana gostaria de contar sobre uma prática realizada com uma das turmas da escola onde atuo fomentada pelas discussões realizadas na interdisciplina: Questões étnico- raciais na Educação. 
Primeiramente nós estudamos o material: “Orientações e ações para a Educação das Relações Étnico- Raciais” que apresenta várias sugestões de atividades que podem ser realizadas com alunos em diferentes níveis de ensino. 

Optei por realizar uma prática pedagógica sugerida na página 47 onde os autores apontam para a importância de na Educação Infantil as professoras terem acesso aos conhecimentos que explicam a existência das diferentes características físicas das pessoas (cor de pele, texturas dos cabelos, formato do nariz) e valorizem tais diversidades.

Assim os autores sugerem quem uma forma de possibilitar uma visão positiva a respeito dos traços físicos das pessoas é trazer informações e histórias sobre os penteados em diversas culturas. Ainda de acordo com os autores é importante ressaltar que: “fazer tranças faz parte da tradição da população negra desde tempos antigos no continente africano, assim como em diversas regiões do Brasil.” (MEC, 2006, p. 47)

A proposta que realizei com a minha turma foi dividida em quatro momentos, antes cabe destacar que não sou professora titular dessa turma, pois este ano estou trabalhando no Atendimento Educacional Especializado, sendo assim realizei essa atividade em uma turma de primeiro ano onde tem um aluno que é atendido em minha sala. Outro destaque importante refere-se a localização da escola que é localizada em uma região Quilombola.

Sendo assim a primeira atividade foi a leitura da história: O Cabelo de Lelê 

Após assistimos um vídeo no youtube onde a história é contada:




Na segunda atividade realizamos uma roda e conversamos sobre a história, os alunos levantaram várias hipóteses sobre os cabelos e também comparamos os diferentes tipos de cabelos que temos em nossa turma.

Na terceira atividade aprendemos e cantamos a música: “Menina do cabelo crespo”






A última atividade foi a visita de uma cabelereira da comunidade que fez tranças nas meninas da turma. Todos adoraram a atividade e forma muito felizes com as tranças para casa. Cheios de conhecimentos sobre a importância de respeitarmos e valorizarmos as diferenças.

Referências:

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (MEC), Secretaria da Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Orientações e Ações para Educação das Relações Étnico-Raciais. Brasília: SECAD, 2006. 


quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Multiculturalismo e uma proposta pedagógica pautada na diferença

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Nessa semana gostaria de fazer uma reflexão a partir de um texto que estudamos na interdisciplina: Escola, Cultura e Sociedade: abordagem sociocultural e antropológica. 
O texto escrito pela professora Vera Candau, sobre sociedade, cotidiano escolar e cultura(s), apresenta uma problemática da educação multicultural a partir de um ponto de vista conceitual e prático. 
A autora após descrever várias práticas pedagógicas destaca a dificuldade de identificar propostas educativas concretas que possam ser classificadas no âmbito do multiculturalismo. De acordo com Candau o que se observou foram a adição de alguns conteúdos, a ressignificação de algumas comemorações ou algumas práticas esporádicas sem afetar a globalidade do currículo ou desenvolver:

 "processos de construção de identidades culturais em que se fortaleçam a auto-estima e o autoconceito dos alunos provenientes de grupos excluídos e discriminados.” (CANDAU, 2002, p.  157)

Após essa reflexão lanço algumas questões que começaram a me inquietar como professora e futura pedagoga: como o Brasil um país de cultura tão rica e variada não fomenta e produz em suas escolas práticas pedagógicas multiculturais? Será que nossas práticas seguem sendo homogeneizantes e padronizadas? Qual possibilidade de construirmos práticas em nossas escolas voltadas para o multiculturalismo?

Encerro essa reflexão indicando o link de um blog que gosto muito intitulado: blogueiras negras. No texto que destaco a blogueira Barbara Paes nos pergunta: “Como as escolas perpetuam a violência contra as mulheres negras?” e no final marca que o papel do educador é contribuir positivamente para que a trajetória das estudantes negras [ e eu acrescentaria de todos os estudantes] seja bem sucedida. 

Vale a pena ler a matéria:
http://blogueirasnegras.org/2017/08/30/como-as-escolas-perpetuam-violencia-contra-mulheres-negras/

Referências: 

CANDAU, Vera Maria Ferrão. Sociedadecotidiano escolar e cultura(s): uma aproximação. Educ. Soc. [online]. 2002, vol.23, n.79, pp.125-161.

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Expectativas para o novo semestre

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É muito bom retornar para as aulas e perceber o quanto o curso de Pedagogia tem me auxiliado a crescer academicamente, profissionalmente e pessoalmente. Um processo de formação que ao estabelecer articulações constantes com a nossa prática docente tem nos ajudado a refletir sobre as nossas práticas para podermos retornar as nossas sala de aula [ todos os dias] melhores. 
Retomo a compreensão de professor reflexivo que estudamos no semestre anterior a partir do pensamento de Alcarão, onde a autora aponta que  a reflexão: [...] é uma capacidade. Como tal não desabrocha espontaneamente, mas pode desenvolver-se. Para isso, tem de ser cultivado e requer condições favoráveis para o seu desabrochar (ALARCÃO, 1996, p.9)
Que muitas reflexões possam desabrochar nesse semestre é o meu desejo! 

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