terça-feira, 11 de junho de 2019

Para finalizar... sobre os projetos (POSTAGEM 10)


No dia 07 de abril de 2017 realizei uma postagem teórica com base nos estudos da disciplina de projetos em ação. Nessa postagem apresentei algumas considerações sobre dois textos estudados na disciplina. O primeiro foi o texto intitulado "La prática educativa. Cómo enseñar" escrito por Antoni Zabala afirmei na postagem que o texto:
“nos ajuda a pensar sobre as diferentes formas que como professoras podemos organizar os conteúdos.Segundo o autor historicamente temos duas estratégias que tem sido utilizadas para a organização dos conteúdos. A primeira que ele nomeia como forma tradicional centrada em uma disciplina e outras que se organizam de forma mais interdisciplinarEm contrapartida à essas concepções o autor apresenta a proposta dos métodos globalizantes. A chave que articula tais métodos é que eles nunca tomam as disciplinas como ponto de partida” (excerto extraído da postagem)
O segundo texto que me referi na postagem foi "um mapa para iniciar um percurso" escrito por Fernando Hernández e sobre esse texto destaquei:
“podemos encontrar uma defesa do autor a partir da concepção de projetos de trabalho. Nessa concepção caberia a nós professores compreender e construir uma escola como geradora de cultura e não só de aprendizagens e conteúdos”.
Hoje realizando meu estágio foi muito importante retomar essa postagem e pensar especialmente sobre o lugar que os conteúdos tem ocupado na minha prática pedagógica. Tenho tentado desenvolver uma aprendizagem que concebe e opera com os conteúdos de forma globalizante e permite que a turma e cada aluno interaja com o conhecimento a partir das suas necessidades e interesses.

Referências:

HERNÁNDEZ, Fernando. Transgressão e mudança na educação: os projetos de trabalho, 1998.

ZABALA, Antoni.  La práctica educativa. Cómo enseñar. 2008.


segunda-feira, 10 de junho de 2019

A cultura digital e os recursos tecnológicos (REFLEXÃO 9)


No dia 11 de abril de 2018 realizei uma postagem sobre “Cultura digital na escola” nessa postagem refleti sobre a Educação e as tecnologias da informação e escrevi a seguinte passagem:

“Nessa semana minha postagem tem como foco as discussões que estamos realizando na interdisciplina "Educação e tecnologias da informação". Na primeira aula discutimos quais as diferenças da cultura digital, com base nas reflexões do pesquisador André Lemos. Para o pesquisador ideias como recombinar, copiar, apropriar, mesclar não são uma novidade introduzida pela cultura digital, pois estes, são elementos de todas as formas de cultura. A grande novidade refere-se então a velocidade como essas ações se dão”.

Tenho pensado muito como nossos alunos estão inseridos em uma cultura onde as transformações ocorrem de forma muito rápida e como a escola precisa tentar acompanhar essa geração. Realizando meu estágio percebo o quanto tal tarefa é difícil e como a utilização de alguns recursos tecnológicos mobiliza e auxilia para que as aprendizagens constituam-se de forma mais significativa, interessante e prazerosa.

quinta-feira, 6 de junho de 2019

Autonomia e criatividade (REFLEXÃO 8)


No dia 04 de Abril de 2018 fiz uma reflexão sobre a importância de estimular a autonomia e a criatividade dos alunos em Sala de aula. Nessa postagem escrevi assim:

“Na reflexão de hoje gostaria de relatar uma prática pedagógica desenvolvida na escola em que atuo articulada com as reflexões que estamos estabelecendo na interdisciplina de "Didática, planejamento e avaliação". 
Uma das atividades propostas pelas professoras foi após ler o texto: "O menininho" escrito por Helen Buckley, refletir sobre como as atividades que desenvolvemos em sala de aula possibilita que nossos alunos cresçam com autonomia e desenvolvam a criatividade” (excerto retirado da postagem)

Hoje realizando o estágio tenho compreendido cada vez mais a importância de realizarmos atividades com foco no desenvolvimento de tais habilidades. E certamente o trabalho com projetos auxilia nesse desenvolvimento pois como afirmam Hernández e Ventura (2017, p. 61):

"Definitivamente, a organização dos Projetos de trabalho se baseia fundamentalmente numa concepção da globalização entendida como um processo muito mais interno do que externo, no qual as relações entre conteúdos e áreas de conhecimento têm lugar em função das necessidades que traz consigo o fato de resolver uma série de problemas que subjazem na aprendizagem. Essa seria a ideia fundamental dos Projetos. A aprendizagem, nos Projetos de trabalho, se baseia em sua significatividade". 

HERNÁNDEZ, Fernando. VENTURA, Montserrat. A organização do currículo por projetos de trabalho: o conhecimento é um caleidoscópio. Porto Alegre: Penso, 2017.

segunda-feira, 3 de junho de 2019

Sobre a alfabetização matemática (REFLEXÃO 7)


No dia 10 de Outubro de 2016 realizei uma postagem sobre a importância da alfabetização matemática. Nessa postagem realizei algumas reflexões a partir de um texto estudo e trouxe essa citação:
"Por tanto, alfabetizar matematicamente é ir além do saber escrever e ler um algarismo, é construir na criança a percepção de quantidade e o símbolo. Trazê-la para o mundo dos números requer muita atenção e vontade do profissional". (LOURENÇO, BAIOCHI e TEIXEIRA, p.39, 2012).
Foi extremamente importante retomar os estudos sobre o a alfabetização numérica nesse momento em que estou fazendo meu estágio, buscando assim nas atividades propostas trabalhar em uma compreensão ampliada para além do trabalho de apenas “escrita e leitura dos números”. Como destaca o texto. Uma atividade bastante significativa que realizamos nesse sentido foi o estudo e a construção de gráficos com ao alunos como é possível observar em algumas imagens que apresento:





LOURENÇO, Edvânia Maria da Silva, BAIOCHI, Vivian Tammy. TEIXEIRA, Alessandra Carvalho. Alfabetização matemática nas séries iniciais: O que é? Como fazer?. Revista da Universidade de Ibirapuera. São Paulo, V.4, p. 32-39, Jul/Dez, 2012.

sexta-feira, 31 de maio de 2019

E o lugar do professor? (REFLEXÃO 6)


No dia 01 de Dezembro de 2015 fiz uma postagem intitulada: “O papel das expectativas do professor sobre o aluno”. Nessa postagem analisei uma entrevista da pesquisadora Emília Ferreiro (vídeo) e um texto que estudamos para a disciplina de alfabetização da pesquisadora Telma Weiss. Nessa postagem afirmei que:
Segundo Weisz, compreender a alfabetização como construção do conhecimento, não significa retirar a responsabilidade do professor e da escola com relação ao ato de ensinar. Assim a autora busca deixar claro que o processo de alfabetização em uma compreensão psicogenética exige planejamento das ações docentes com objetivos específicos voltados para o processo de construção do conhecimento voltado para alfabetização. Negando assim uma visão espontaneísta (ou de vale tudo) com relação ao trabalho na sala de aula. (Excerto extraído da postagem)
Retorno para essa postagem no semestre em que estou realizando meu estágio e percebo como tais discussões foram importantes para que hoje eu possa me posicionar de uma forma diferente no trabalho com os alunos. Nesse sentido é importante que o professor assuma uma postura que crie condições para que a causa da aprendizagem esteja na ação do aluno e não centralizada no professor. Ainda de acordo com Becker:
O construtivismo interacionista rompe com esse dogma. As relações entre ensino e aprendizagem são muito mais complexas. A aprendizagem do aluno só acontece na medida em que este age sobre os conteúdos específicos e age na medida em que possui estruturas próprias previamente construídas ou em construção. (Becker, 1993, p. 122, grifos nossos).

Como explica Becker a aprendizagem decorre apenas da ação do aluno sobre conteúdo específicos. Assim torna-se importante diminuir as aulas expositivas onde os alunos não tem a possibilidade de agir sobre os conteúdos e aumentar as atividades nas quais os aluno são incentivados a produzir sobre tais conteúdos.

BECKER, Fernando. A epistemologia do professor. Petrópolis: Vozes, 1993.

segunda-feira, 27 de maio de 2019

Sobre os projetos de aprendizagem (REFLEXÃO 5)

Como nesse semestre estou realizando o estágio, tenho buscado retomar sistematicamente os estudos sobre o trabalho com projetos de aprendizagem. No dia 01 de junho de 2017 realizei uma postagem sobre os projetos de aprendizagem. Nessa postagem realizei a seguinte reflexão:


"Ao decorrer das discussões realizadas no curso tenho compreendido que o trabalho através de projetos de aprendizagem tem como um dos principais objetivos a busca de informações, conhecimentos e aprendizagens que ajudem a esclarecer indagações e inquietações da nossa turma" (Extraído da postagem realizada no dia 01 de junho de 2017) 

Tenho buscado ao longo desse primeiro mês de estágio auxiliar meus alunos na busca dessas informações construindo redes de aprendizagem. Já conversamos com a professora de ciências da nossa escola, realizamos um questionário com os alunos da escola, fizemos pesquisa com as nossas famílias e também temos planejado um passeio para o Horto Municipal ainda nessa etapa do projeto. 

Tenho observado como os alunos ao longo do desenvolvimento do projeto foram assumindo uma postura mais ativa com relação ao seu percurso formativo e que assim as aprendizagens construídas ao longo desse período estão sendo mais significativas. 

quinta-feira, 23 de maio de 2019

Falando em retrocessos... (REFLEXÃO 4)

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No dia 01 de Junho de 2017 fiz uma postagem que começava com a seguinte afirmativa de Jamil Cury: "Mexer na LDBEN é abrir o campo para novos retrocessos". Nessa postagem retomei uma palestra do professor Jamil Cury sobre as trajetórias na consolidação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação nacional que assistimos na interdisciplina de organização do ensino fundamental a assistir uma palestra com o professor 

Analisando a fala do professor na palestra destaquei em minha reflexão que:

 "segundo o professor a LDBEN é um campo de disputas e interpretações, um espaço de perdas e ganhos, sendo assim, especialmente como professores e professoras, considerando o tempo sombrio que vivemos devemos estar atentos para tais questões". (Extraído da minha postagem realizada no dia 01 de junho de 2017) 

Retomando o contexto atual da educação, ilustrado na imagem que escolhi para abrir essa postagem, fico pensando de Cury poderia imaginar os tempos sombrios que estavam por vir e os perigos que a educação pública iria enfrentar. Acredito que retomar e conhecer trabalhamos de pesquisadores como Jamil Cury torna-se cada vez mais importante, especialmente considerando o contexto atual. 





segunda-feira, 20 de maio de 2019

Uma questão que sempre volta: o PLANEJAMENTO (REFLEXÃO 3)

No dia 18 de novembro de 2017 realizei uma postagem sobre a importância do planejamento para a nossa prática pedagógica e para o bom desenvolvimento da nossa vida profissional e acadêmica. Na postagem inserir alguns vídeos que no momento compreendi como importantes para ilustrar sobre a importância do planejamento e cheguei a afirmar: 

"Acredito que com um bom planejamento podemos dar conta das diferentes demandas sem acumular muitas atividades para o final do semestre que já sabemos é um período que temos muita demanda na escola". (extraído da postagem realizada no dia 18 de novembro) 

Continuo acreditando na importância do planejamento e da organização para conseguirmos dar conta de tantas demandas profissionais e acadêmicas. Poder retomar essa postagem no dia de hoje considerando que além de realizar o estágio nesse semestre estou concluindo outras disciplinas e me encaminhando para a conclusão do curso de pedagogia foi importante para rever minhas metas, reorganizar minhas prioridades e seguir em frente... 


quinta-feira, 16 de maio de 2019

Sobre os paradigmas e as nossas práticas docentes (REFLEXÃO 2)

No dia 20 de novembro de 2017 realizei uma postagem onde apresentei algumas inquietações provocadas a partir da  leitura de um texto de Edgar Morin: " As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão" para a interdisciplina de filosofia da Educação. Afirmei nessa postagem que o texto de Morin, me fez pensar sobre várias questões acerca do nosso trabalho como professores e professoras. No texto o pesquisador destaca que todo conhecimento comporta o risco do erro e da ilusão. Assim, como educadores que trabalham com o conhecimento precisamos estar atentos aos erros e ilusões concernentes ao nosso trabalho.
Ao final da postagem interroguei: quais paradigmas tem atuado e constituído a minha prática docente? Pois se os paradigmas atuam de forma tanto subterrânea quanto soberana produzindo uma espécie de cegueira, caberia a nós educadores estar atentos aos paradigmas que constituem as nossas práticas lembrando que como aponta o autor “um paradigma pode ao mesmo tempo elucidar e cegar, revelar e ocultar. É no seu seio que se esconde o problema- chave do jogo da verdade e do erro” (MORIN, 2002, p. 27)
Hoje me encaminhando para o final da minha segunda semana de estágio percebo que estou encontrando algumas dificuldades tanto para planejar como para organizar a minha prática pedagógica com base nos projetos. Muitas vezes preciso parar e pensar quando estou planejando: quem será o protagonista dessa ação? Pois proponho algumas atividades onde busco dar liberdade aos alunos mas logo em seguida preciso voltar e realizar uma atividade onde o centro e o direcionamento voltem para minha ação.
Aos poucos tenho realizado o exercício de organizar uma aula onde os alunos possam ser protagonistas do início ao fim. Mas esta não está sendo uma tarefa fácil. 
Não é que Morin tinha razão e alguns paradigmas podem funcionar "cegando" nossa forma de ver nossa própria prática pedagógica. 



segunda-feira, 13 de maio de 2019

Sobre escolas e aulas democráticas (REFLEXÃO 1)




Realizo essa postagem em uma data bastante importante. Terminei minha primeira semana de estágio e o conceito que mais fortemente apareceu nessa minha primeira semana foi o conceito de escolas democráticas. 
Lembrei que no dia 07 de março de 2018, mais ou menos, um ano atrás, fiz uma postagem sobre esse tema aqui no blog motivada pelo documentário "Democratic Schools" produzido por Jan Gabbert em 2006 que assistimos na disciplina do seminário integrador. Nessa postagem destaquei as concepções de educação bancária e problematizadora a partir de Freire e articulei a concepção de educação problematizadora com uma escola democrática. 
Nessa semana em uma atividade do meu estágio que a princípio pode parecer bastante simples, a construção do quadro de certezas e dúvidas da nossa turma percebi o quanto o trabalho através de projetos se propõe a construção de uma pedagogia democrática.  E para tanto senti a necessidade de estudar e compreender um pouco mais sobre esse conceito. Também inseri essa discussão sobre o conceito de escola e aulas democrática no pbworks do meu estágio. 
De acordo com Michael Apple (2017) uma ação educativa democrática pressupõe que como ponto de partida para nossas propostas pedagógicas possamos interrogar sobre quem somos 'nós'. Para o pesquisador tal atitude exige "um conjunto de responsabilidades éticas, políticas e também educacionais" (APPLE, 2017, p.901). Acredito que a ação pedagógica de organizar uma proposta que parta dos interesses dos alunos e os ofereça condições de serem protagonistas nesse processo busca ir ao encontro da educação como uma ação democrática como nos propõe Apple. Outro pesquisador que tem se posicionado em defesa do ensino em prol da democracia James Beane (2017) defende que numa sala de aula democrática a questão chave é: quem tomará a decisão sobre quais assuntos serão estudados? o professor? o aluno? ou o professor e os alunos? Para Beane (2017, p. 1059) "Ensinar de modo democrático significa envolver jovens na tomada de decisões sempre que for possível, e à medida que for possível. Não importa o quanto o professor se sente restringido por diferentes exigências; dar voz aos alunos é um passo na direção democrática". 
Acredito que essa semana consegui dar esse primeiro passo na direção de uma aula democrática. O exercício de construir com os alunos o quadro de dúvidas e certezas que orientará nossas investigações foi bastante importante nesse sentido. 


APPLE, Michael. A luta pela democracia na educação crítica. Revista e- curriculum, v. 15, n.4, p. 894-926. São Paulo, out/dez, 2017. 

BEANE, James. Ensinar em prol da democracia. Revista e- curriculum, v. 15, n. 4, p. 1050-1080. São paulo, out/ dez, 2017.