quinta-feira, 16 de maio de 2019

Sobre os paradigmas e as nossas práticas docentes (REFLEXÃO 2)

No dia 20 de novembro de 2017 realizei uma postagem onde apresentei algumas inquietações provocadas a partir da  leitura de um texto de Edgar Morin: " As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão" para a interdisciplina de filosofia da Educação. Afirmei nessa postagem que o texto de Morin, me fez pensar sobre várias questões acerca do nosso trabalho como professores e professoras. No texto o pesquisador destaca que todo conhecimento comporta o risco do erro e da ilusão. Assim, como educadores que trabalham com o conhecimento precisamos estar atentos aos erros e ilusões concernentes ao nosso trabalho.
Ao final da postagem interroguei: quais paradigmas tem atuado e constituído a minha prática docente? Pois se os paradigmas atuam de forma tanto subterrânea quanto soberana produzindo uma espécie de cegueira, caberia a nós educadores estar atentos aos paradigmas que constituem as nossas práticas lembrando que como aponta o autor “um paradigma pode ao mesmo tempo elucidar e cegar, revelar e ocultar. É no seu seio que se esconde o problema- chave do jogo da verdade e do erro” (MORIN, 2002, p. 27)
Hoje me encaminhando para o final da minha segunda semana de estágio percebo que estou encontrando algumas dificuldades tanto para planejar como para organizar a minha prática pedagógica com base nos projetos. Muitas vezes preciso parar e pensar quando estou planejando: quem será o protagonista dessa ação? Pois proponho algumas atividades onde busco dar liberdade aos alunos mas logo em seguida preciso voltar e realizar uma atividade onde o centro e o direcionamento voltem para minha ação.
Aos poucos tenho realizado o exercício de organizar uma aula onde os alunos possam ser protagonistas do início ao fim. Mas esta não está sendo uma tarefa fácil. 
Não é que Morin tinha razão e alguns paradigmas podem funcionar "cegando" nossa forma de ver nossa própria prática pedagógica. 



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