sexta-feira, 31 de maio de 2019

E o lugar do professor? (REFLEXÃO 6)


No dia 01 de Dezembro de 2015 fiz uma postagem intitulada: “O papel das expectativas do professor sobre o aluno”. Nessa postagem analisei uma entrevista da pesquisadora Emília Ferreiro (vídeo) e um texto que estudamos para a disciplina de alfabetização da pesquisadora Telma Weiss. Nessa postagem afirmei que:
Segundo Weisz, compreender a alfabetização como construção do conhecimento, não significa retirar a responsabilidade do professor e da escola com relação ao ato de ensinar. Assim a autora busca deixar claro que o processo de alfabetização em uma compreensão psicogenética exige planejamento das ações docentes com objetivos específicos voltados para o processo de construção do conhecimento voltado para alfabetização. Negando assim uma visão espontaneísta (ou de vale tudo) com relação ao trabalho na sala de aula. (Excerto extraído da postagem)
Retorno para essa postagem no semestre em que estou realizando meu estágio e percebo como tais discussões foram importantes para que hoje eu possa me posicionar de uma forma diferente no trabalho com os alunos. Nesse sentido é importante que o professor assuma uma postura que crie condições para que a causa da aprendizagem esteja na ação do aluno e não centralizada no professor. Ainda de acordo com Becker:
O construtivismo interacionista rompe com esse dogma. As relações entre ensino e aprendizagem são muito mais complexas. A aprendizagem do aluno só acontece na medida em que este age sobre os conteúdos específicos e age na medida em que possui estruturas próprias previamente construídas ou em construção. (Becker, 1993, p. 122, grifos nossos).

Como explica Becker a aprendizagem decorre apenas da ação do aluno sobre conteúdo específicos. Assim torna-se importante diminuir as aulas expositivas onde os alunos não tem a possibilidade de agir sobre os conteúdos e aumentar as atividades nas quais os aluno são incentivados a produzir sobre tais conteúdos.

BECKER, Fernando. A epistemologia do professor. Petrópolis: Vozes, 1993.

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