Segundo as autoras as propagandas
impressas veiculam e afetam a construção de identidades infantis. Ao olharmos
para essas propagandas operando com os conceitos de Gênero e Sexualidade,
podemos nos perguntar: quais significados são construídos sobre a infância ao
veicular propagandas como essas que escolhi para abrir essa postagem?
Felipe e Guizzo, vão mostrar que a
representação de uma infância pura e ingênua nas propagandas tem sido
substituída por imagens extremamente erotizadas. As autoras também destacam que
essa modificação ocorre voltada especialmente para o corpo feminino.
Com base no que as autoras apontam olhando para a propaganda que abre essa postagem, podemos observar um corpo infantil, de uma menina que deve
ter no máximo 10 anos de idade, deitado de forma bastante sensual e com uma
frase que pode ser entendia como um convite: Use e se lambuze! Entendo que como futura pedagoga preciso olhar para imagens como essa e problematizar como a infância e os corpos infantis tem sido produzidos pelos veículos midiáticos.
Encerro essa postagem com duas
provocações feitas no texto por Felipe e Guizzo:
1- A publicidade voltada hoje para o público infantil
e feminino tem construído determinados padrões de beleza que são tomados como
únicos: corpo jovem, magro, branco e sensual.
2- Ao mesmo tempo que esse corpo
infantil é construído como um objeto de desejo, é crescente o número de campanhas
de moralização condenado qualquer tipo de relação sexual entre adultos e
crianças.
Entendo que esse paradoxo deve ser
explicitado para que possamos problematizar as formas como a mídia tem narrado
e construído uma infância erotizada. Penso que esse tipo de debate deve ser
levado especialmente para as famílias e para os professores que atuam
diretamente com esse público para que possamos refletir sobre essa questão.
Ficou curios@ com relação a essa temática? Então assista a essa entrevista com a professora Jane Felipe, onde ela explica um pouco mais sobre os conceitos utilizados nesse texto, especialmente sobre a sua pesquisa que tem como foco investigar o que ela chama de: "pedofilização da sociedade", vale a pena conferir!