Certamente uma concepção importante que foi ampliada ao longo do curso constitui-se no exercício de pensar sobre a infância de forma plural e múltipla. Ao ingressar no curso, não tinha realizado uma reflexão sobre como a infância de nossos alunos, ou a forma como eles vivem sua infância tem sido produzida e modificada por diferentes discursos e aqui podemos citar a tecnologia, o discurso midiático, do consumo entre outros. De acordo com Mariangela Momo (2010), uma autora que estudamos no curso:
“A
rede midiática e de consumo em que as crianças das escolas
estudadas vivem mobiliza o desejo, vende experiências humanas,
estimula a imaginação, cria necessidades, padrões de exigência,
significados, capital simbólico e práticas que são compartilhadas
por elas.”
Assim torna-se importante como professoras compreender como a rede midiática e de consumo produz uma nova infância que está na nossa escola e como na nossa prática pedagógica considerar tais aspectos Compreender quais são as infâncias que estão em nossas escolas é extremamente importante para um trabalho de qualidade.
Outra nuance dessa infância pós- moderna que estudamos ao longo do curso refere-se a sexualização dos corpos infantis. De acordo com as pesquisadoras Jane Felipe e Bianca Salazar a
representação de uma infância pura e ingênua nas propagandas tem
sido substituída por imagens extremamente erotizadas. As autoras
também destacam que essa modificação ocorre voltada especialmente
para o corpo feminino.
Compreender e problematizar as novas infâncias que estão em nossa escola e com as quais trabalhamos diariamente irá nos ajudar a construir práticas pedagógicas mais significativas e coerentes.
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