Para motivar o debate assistimos um ótimo documentário: "“Caramba carambola o brincar tá na escola”.
Assistir o documentário trouxe diversas reflexões sobre a minha prática pedagógica como professora. Ficou curioso? Dá uma olhada!
No
vídeo diferentes profissionais abordam a importância do brincar para o
desenvolvimento da criança. A neurocientista Sônia Padovan explica que ao
brincar a criança tem a possibilidade de se construir. A especialista afirma
que até os sete anos de idade é a fase em que o sistema nervoso necessita de
muitas referências espaciais. É nesse período de desenvolvimento em que os
primeiros circuitos neuronais da motricidade são construídos, para depois
desenvolver circuitos mais complexos.
Assim ela mostra o quanto o brincar nessa faixa etária é essencial, e
que falar de brincar na Educação Infantil é coisa séria.
Gostaria então de relembrar duas brincadeiras que marcaram a minha infância:
A
primeira é a brincadeira de elástico, quando nos juntávamos para pular elástico
era sempre uma festa. Além de desenvolver várias habilidades motoras nessa
brincadeira precisávamos de habilidades sociais como: dividir, esperar sua vez,
aceitar perder/errar. Entendo o quanto as marcas dessa brincadeira são
profundas para a minha constituição como pessoa hoje.
A
segunda era as brincadeiras de mão, tipo: Flaissi, adoletâ, nós quatro,
pimponeta, ema-ema... Eram muitos os nomes e as canções que acompanhavam essa
brincadeira. O destaque que quero fazer é o quanto esse brincar era divertido e
não necessitava de um brinquedo. Atualmente parece que temos colado a ideia de
brincar a um brinquedo especifico. Nessas brincadeiras não necessitávamos de
brinquedos, apenas do nosso corpo e da disposição para brincar.
Finalizo essa postagem com
uma frase que me chamou muita atenção no filme: “[...] a infância não pode
esperar a criança do lado de fora da escola”. Penso que considerando a inserção
de crianças cada vez mais novas na escola e a maioria delas inseridas em turno
integral, precisamos pensar urgentemente em como criar mais espaços para o
brincar em nossas escolas de educação infantil.