segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Matemática e Educação Infantil


Essa semana fomos desafiadas na disciplina de "Representação do mundo pela matemática" para realizar uma atividade que trabalhasse a comparação. 
De acordo com o material disponível para estudo uma das primeiras ações que a criança faz é observar, e ao observar mais de um objeto é quase automático comparar.  
Assim uma das funções da escola é tornar o ato de comparar mais complexo e refinado. É importante lembrar que nem todo tipo de comparação é óbvia para as crianças, assim é importante que como professores auxiliemos nossos aluno a aprender a usar, entender e criar critérios para seriar, classificar ou mesmo descrever um objeto ou uma coleção deles.
Como não tenho computador, nem internet na escola, não pude usar o objeto disponibilizado pelos professores, mas com base no objeto criei um jogo de comparação e realizei com meus alunos.
Você pode conferir a atividade no link abaixo: (Fiz um pequeno filme e está disponível no youtube):
https://youtu.be/Uu8TsZHJgoY

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Seriação na Educação Infantil...

"Para que o aluno aprenda matemática, ele precisa se sentir seguro diante de sua representação, precisa descobrir o caminho de uma relação menos angustiante, substituindo o caráter que o oprime na aprendizagem pela alegria da descoberta, para que juntos, aluno e professor, possam aprender, criar e recriar seus conhecimentos." (LOURENÇO, BAIOCHI e TEIXEIRA, p.33, 2012).

Instigada pelos estudos realizados na interdisciplina de representação do mundo pela matemática e buscando compartilhar algumas das atividades que tenho realizado com meus alunos a partir do que estamos estudando no curso, compartilho com vocês um vídeo de uma conversa que tive co meus alunos sobre SERIAÇÃO: 


https://www.youtube.com/watch?v=-g7WE3MT8PQ&feature=youtu.be



segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Reflexões sobre o tempo e o espaço na escola...



"O desafio é constituirmos a escola num outro tempo, num tempo da Atualidade, onde o foco no presente nos faria viver cada momento como um acontecimento, sem pretensões de somar o número de aprendizagens para quantificá-la ao final do ano letivo, onde a vivência do processo educacional fosse prazerosa cotidianamente. A mudança que se requer é no como vivenciamos, os tempos de aprendizagem e pedagógico independentemente do tempo de permanência que temos, alunos e alunas, professores e professoras, na escola." (OLIVEIRA et al. p. 10, 2009)

Na última semana na interdisciplina de Representação do mundo pelos Estudos Sociais, realizamos uma reflexão sobre os tempos e espaços escolares.

Com base no texto de Oliveira et al. (2009) tivemos a oportunidade de compreender como o tempo e o espaço tem sido historicamente organizado nas instituições escolares e quais objetivos eram almejados com essa organização. Assim dentro da organização de tempos e espaços da escola, na Modernidade foi possível visualizar que os alunos eram hierarquizados com objetivo de homogeneização das turmas. Pois era necessário que todos se encontrassem no mesmo ponto de desenvolvimento para ocupar um determinado lugar em um determinado espaço.

As autoras então, nos provocam a pensar que na Atualidade deveríamos repensar essa organização do tempo e do espaço, com objetivos apenas mensuráveis de quantificação das aprendizagens, e pensarmos quais possibilidades poderiam ser construídas para que pudêssemos como professores e alunos nos relacionarmos de uma forma diferente com tempo e o espaço, vivenciando processos pedagógicos de mais qualidade, como na citação que eu trouxe para abrir essa postagem.

Referências:
OLIVEIRA, Cristiane et al. Questões sobre o tempo no espaço escolar. Disponível em: <http://www.ufjf.br/espacoeducacao/files/2009/11/cc07_1.pdf> Acesso em 20 set. 2016.



segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Sobre alfabetização matemática...

"Por tanto, alfabetizar matematicamente é ir além do saber escrever e ler um algarismo, é construir na criança a percepção de quantidade e o símbolo. Trazê-la para o mundo dos números requer muita atenção e vontade do profissional". (LOURENÇO, BAIOCHI e TEIXEIRA, p.39, 2012).

Nesse semana estamos estudando sobre a importância de trabalharmos com a alfabetização matemática na Educação Básica. Assim estudamos vários conceitos. Essa semana a ênfase foi nos conceitos de CLASSIFICAÇÃO e SERIAÇÃO.

No texto estudado as autoras Lourenço, Baiochi e Teixeira(2012) com base em Toledo(1997) mostram que classificar é uma operação lógica de importância fundamental em nossa vida, pois nos ajuda a organizar a realidade que nos cerca.

também com base em Toledo, as autoras apontam que enquanto a classificação repete as semelhanças entre os elementos, a seriação trabalha mais com a diferenças. Nas palavras das autoras: "Quando estamos seriando os objetos estabelecemos entre eles uma relação de diferença que possa ser quantificada permitindo que os elementos sejam colocados em ordem crescente ou decrescente".(LOURENÇO, BAIOCHI e TEIXEIRA, p.34, 2012).

Estou pensando em várias atividades para realizar com os meus alunos envolvendo estes conceitos. Fiquem atentos pois logo pretendo postar algumas dessas atividades por aqui. Ok?

Abraços e uma ótima semana para todos!

Referências:

LOURENÇO, Edvânia Maria da Silva, BAIOCHI, Vivian Tammy. TEIXEIRA, Alessandra Carvalho. Alfabetização matemática nas séries iniciais: O que é? Como fazer?. Revista da Universidade de Ibirapuera. São Paulo, V.4, p. 32-39, Jul/Dez, 2012.

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Sobre experiências de "escolas asa..."

"Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.

Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo.

Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado."

Rubem Alves

Essa semana no seminário integrador IV, fomos brindadas com um brilhante texto do pensador Rubem Alves sobre escolas gaiolas e escolas asas.

Também fomos provocadas a refletirmos sobre quais práticas pedagógicas realizamos que podem se constituir como experiências de "escolas asas" 

Trabalho há bastante tempo na Educação Infantil e cada vez mais tenho refletido sobre como a rotina nesse espaço têm funcionado como uma espécie, utilizando a metáfora de Rubem Alves, de "gaiola". que prende e limita as possibilidades dos alunos viverem suas infâncias e  de professores criarem com autoria suas práticas pedagógicas. 

Assim trago uma experiência que realizei motivada pela leitura do texto, onde ao sair com meus alunos do espaço escolar e ir até uma praça que fica localizada na frente da escola, pudemos, vivenciar alguns momentos de "escola asa". 

Compartilho algumas imagens desse momento: (Todas as imagens tem autorização para serem publicadas) 







Referência:
ALVES, Rubem. Gaiolas ou asas? In: ALVES, Rubem. Por uma educação romântica. Campinas: Papirus, 2002, p. 29-32.