No
dia 01 de Dezembro de 2015 fiz uma postagem intitulada: “O papel das
expectativas do professor sobre o aluno”. Nessa postagem analisei uma
entrevista da pesquisadora Emília Ferreiro (vídeo) e um texto que estudamos
para a disciplina de alfabetização da pesquisadora Telma Weiss. Nessa postagem
afirmei que:
Segundo Weisz,
compreender a alfabetização como construção do conhecimento, não significa
retirar a responsabilidade do professor e da escola com relação ao ato de
ensinar. Assim a autora busca deixar claro que o processo de alfabetização em
uma compreensão psicogenética exige planejamento das ações docentes com
objetivos específicos voltados para o processo de construção do conhecimento
voltado para alfabetização. Negando assim uma visão espontaneísta (ou de vale
tudo) com relação ao trabalho na sala de aula. (Excerto extraído da
postagem)
Retorno para essa
postagem no semestre em que estou realizando meu estágio e percebo como tais
discussões foram importantes para que hoje eu possa me posicionar de uma forma
diferente no trabalho com os alunos. Nesse sentido é importante que o professor
assuma uma postura que crie condições para que a causa da aprendizagem esteja
na ação do aluno e não centralizada no professor. Ainda de acordo com Becker:
O construtivismo interacionista rompe com esse dogma. As
relações entre ensino e aprendizagem são muito mais complexas. A
aprendizagem do aluno só acontece na medida em que este age sobre os conteúdos
específicos e age na medida em que possui estruturas próprias previamente
construídas ou em construção. (Becker,
1993, p. 122, grifos nossos).
Como
explica Becker a aprendizagem decorre apenas da ação do aluno sobre conteúdo
específicos. Assim torna-se importante diminuir as aulas expositivas onde os
alunos não tem a possibilidade de agir sobre os conteúdos e aumentar as
atividades nas quais os aluno são incentivados a produzir sobre tais conteúdos.
BECKER, Fernando. A
epistemologia do professor. Petrópolis: Vozes, 1993.