sábado, 2 de abril de 2016

Dia mundial da conscientização do Autismo

Dia 02 de Abril é o dia onde comemoramos mundialmente a conscientização do Autismo.



 Assim como professora, gostaria de utilizar um pouco desse espaço, para falar um pouco, sobre a minha experiência com alunos autistas. Mesmo sabendo que essa discussão ainda não foi realizada no nosso curso.

 Em minha trajetória docente, tive a oportunidade de conviver e ser professora de várias crianças autistas e certamente o trabalho com esses alunos me fez refletir sobre a minha prática pedagógica.

 Cada aluno, de alguma forma me trouxe a oportunidade de (re)pensar minhas propostas e buscar novas alternativas para práticas pedagógicas mais inclusivas.

O trabalho com a inclusão escolar tem produzido novos arranjos escolares, que tem possibilitado uma escola que trabalhe com as diferenças, não em uma busca normalizadora para tornar todos iguais. Mas um trabalho diário que busque nas diferenças à possibilidade para a construção do trabalho pedagógico.

 Acredito que esse seja o maior desafio que o trabalho a partir de uma proposta inclusiva demande. Assim a pergunta que me faço todos os dias tem sido essa:

 Como trabalhar com as diferenças na escola, sem apaga-las? Mas buscando na diferença à potencia para o nosso trabalho?

Certamente não encontrei uma resposta definitiva para essa pergunta, até porque não assumo o processo de inclusão escolar como um ponto de chegada, e sim acredito em uma construção diária, coletiva e permanente. Penso na inclusão como um caminho à ser percorrido, como um ponto de partida para pensar práticas pedagógicas não homogeneizantes mas práticas que considerem à diferença como fundamental para as ações educativas.

 Sei que a inclusão, não é um conto de fadas, e que muito ainda precisa ser feito para que possamos como professores e escola oferecer um trabalho que realmente seja significativo para todos os alunos. Necessitamos de apoio pedagógico diário nas salas de aula, precisamos de atendimento educacional especializado em todas as escolas e as turmas deveriam ser reduzidas para que o professor pudesse realizar práticas pedagógicas que contemplassem as diferentes formas de aprender que estão em nossas salas de aula.

Porém lutar por melhorais, não significa ficar de braços cruzados, esperando que elas aconteçam para que possamos começar. Vamos construir juntos práticas pedagógicas mais inclusivas, porém se deixar de lutar por melhores condições para esse trabalho na escola.

Finalizo essa mensagem, com um trecho do filme "Temple Grandin". vale muito à pena assistir e refletir sobre quem está autorizado a falar sobre o autismo hoje e quais preconceitos temos construídos sobre esses alunos.


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