Para a professora Maria Isabel da Cunha inovação requer
sempre um movimento de ruptura “que permita reconfigurar o conhecimento para
além das regularidades propostas pela modernidade” (CUNHA, 2004, p. 11). Assim inovar para a pesquisadora não pode se
resumir a trazer novidades para a sala de aula, mesmo que sejam tecnológicas.
Inovar requer uma ruptura paradigmática com relação as ações e as compreensões
dos professores acerca dos processos de aprender e ensinar. Se desejamos
construir práticas inovadoras em nossas escolas, precisamos primeiramente
compreender quais práticas são realizadas nessas instituições e após construir/
propor práticas que produzam rupturas nessas compreensões.
Já o conceito de profissionalidade docente, que a pesquisadora desenvolve tomando como base o trabalho realizado por Gimeno Sacristán, estaria relacionado com a compreensão de "ser a profissão em ação, em movimento" (CUNHA, 2004, p. 7), marcando o caráter de permanente mudança que o trabalho docente carrega em si.
Assim se considerarmos que tanto a noção de inovação pedagógica, quanto a noção de profissionalidade docente estão articuladas a necessidade de mudança, podemos refletir que o trabalho docente pode ser um exercício constante de inovação pedagógica, caso estejamos abertos para elas.
Referências:
CUNHA, Maria Isabel da. Inovações pedagógicas e a reconfiguração de saberes no ensinar e no aprender na universidade. VIII Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais. Centro de Estudos Sociais, Faculdade de Economia, Universidade de Coimbra, Portugal, 16 a 18 de setembro de 2004.
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