terça-feira, 17 de abril de 2018

Educação de Jovens e Adultos: para além de suas funções


           Abro a postagem dessa semana com o vídeo que apresenta uma prática pedagógica desenvolvida na EJA que certamente nos trás elementos importantes para refletirmos sobre as especificidades do trabalho nessa modalidade. 
        A partir da leitura dos textos, e dos trabalhos realizados em grupo para essa atividade, pude compreender um pouco mais sobre a organização do trabalho na EJA. Compartilho um pouco do que estudei, para ao final dessa postagem relacionar com o vídeo que trago na abertura. 
       Para a pesquisadora Friedrich et al (2010, p. 392) e seus colegas a EJA se constitui no Brasil a partir de lacunas do sistema de escolarização regular e envolve um conjunto de “processos e práticas formais e informais relacionadas a aquisição ou ampliação de conhecimentos básicos, de competências técnicas e profissionais ou de habilidades socioculturais”.
      De acordo com o professor Carlos Roberto Jamil Cury, na função de relator conselheiro, em parecer sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos, a EJA é uma “categoria organizacional constante da estrutura da educação nacional, com finalidades específicas” (BRASIL, 2000, p.5) e apresenta três principais funções: a primeira função reparadora, que deve considerar não apenas o acesso à educação, como um direito civil importante, mas também como um reconhecimento de uma “igualdade ontológica de todo e qualquer ser humano” (BRASIL, 2000, p. 7). A segunda função para Cury, seria a função equalizadora. Tal função estaria relacionada com a constituição de um novo ponto de partida que teria como base a igualdade de oportunidades. Para o professor essa função “vai dar cobertura a trabalhadores e a tantos outros segmentos sociais como donas de casa, migrantes, aposentados e encarcerados” (BRASIL, 2000, p. 9). A terceira e última função é a função permanente e qualificadora que busca “propiciar a todos atualização de conhecimentos por toda vida” (BRASIL, 2000, p. 11).
         Acredito que a prática noticiada no vídeo de abertura explicita bem tanto a organização da EJA como as suas três funções em ação. A proposta de trabalhar com poesias e empoderar os alunos, através da posição de autores, me parece significativa para englobar a participação e o interesse dos estudantes. 



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