Nessa semana tivemos nossa primeira aula da interdisciplina "Didática, planejamento e avaliação", e fomos convidadas pelas professoras a realizar uma atividade em grupo bastante lúdica que consistia em criar uma nova escola em um outro planeta.
Junto com um grupo de colegas criamos uma escola sem turmas, sem paredes, sem avaliações. O centro da nossa escola seria o aluno e os seus interesses e o principal recurso a tecnologia e o acesso aos conhecimentos.
Em um segundo momento da interdisciplina (agora a distância) fomos provocadas com uma citação do educador Miguel Arroyo em seu livro "Ofício de Mestre". Gosto muito desse livro e a construção de Arroyo nessa obra me trouxe uma interrogação: onde estavam os professores na escola que eu e minhas colegas havíamos planejado?
Muitas respostas podem ser dadas para essa interrogação: o professor organiza os conhecimentos que o aluno irá acessar, ou ainda o professor ira mediar o acesso do aluno ao conhecimento. O que desejo destacar é que por vezes pensamos muito nos recursos, nas estratégias e nas metodologias e esquecemos do mais importante: o professor, a professora.
Essa é uma das lições que Arroyo nos apresenta em sua obra ao afirmar que: "precisamos repor os mestres no lugar de destaque que lhes cabe" (ARROYO, 2010, p. 9). É com esse objetivo que Arroyo escreve essa obra e busca olhar para o magistério como uma "categoria [que] mantém e reproduz a herança de um saber específico" (ARROYO, 2010, p. 9).
Que possamos ao longo da nossa formação, seguirmos refletindo sobre os saberes que nos constituem como professoras.
Referências:
ARROYO, Miguel. Ofício de Mestre: imagens e autoimagens. Rio de janeiro: Vozes, 2010.
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