segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Multiplicação e divisão na Educação Infantil

Nessa semana fomos desafiadas a refletir sobre como trabalhamos com os conceitos de multiplicação e divisão com nossos alunos. 
Confesso que quando li a propostta fiquei assustada e meu susto foi pois eu tinha certeza de que não trabalhava com multiplicação e divisão com meus alunos, afinal sou professora da Educação Infantil. 
Depois comecei a refletir e me dei conta de que em vários momentos da minha prática docente provoco meus alunos a refletirem e criarem hipóteses que envolvem sim operações de multiplicação e divisão.
Durante o lanche, por exemplo quando as bolachas do pacote que estava separado para nossa turma estão acabando e temos por exemplo 10 bolachas e 5 alunos ainda querem, eu peço para que eles dividam. E mesmo sendo muito pequenos eles conseguem realizar a atividade com sucesso.
Após a leitura do texto, selecionado para essa semana, desejo potencializar as atividades que já desenvolvo com meus alunos, dando foco para duas ações que são apontadas na leitura: O jogo e a resolução de problemas.
Segundo o texto o jogo é uma atividade propicia para introduzir o trabalho com campos conceituais pois através dele as crianças estão mais livres das exigências habituais e podem se valer de todo tipo de procedimento.
Ainda na abordagem de campos conceituais é importante assumirmos a compreensão de que o que está em jogo na resolução de um problema deve vir antes da sistematização de um procedimento para solucioná-lo. Assim não é porque os alunos estão na Educação infantil e não conhecem as operações formais de multiplicação e divisão que eles não possam resolver pequenos desafios que envolvam esses campos conceituais.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

A reforma do Ensino Médio no RS e a Educação na Finlândia

Você deve estar pensando: O que a Reforma do Ensino Médio no RS, tem haver com a Educação na Finlândia? 

A priori eu também não conseguiria estabelecer essa relação, mas essa semana iniciamos os estudos na interdisciplina: Escola, Projeto Pedagógico e Currículo e fomos provocadas pela professora Silvana Coberlini a estabelecer essa relação.

Lemos uma entrevista sobre a Reforma da Professora Carmem Craidy, que você pode ler nesse link:

http://www.sul21.com.br/jornal/reforma-do-ensino-medio-e-arcaica-ate-do-ponto-de-vista-de-uma-formacao-para-o-mercado/

Depois assistimos a esse pequeno vídeo sobre a Educação na Finlândia:




E assim fica fácil fazer algumas relações. Eu destaquei três pontos que gostaria de compartilhar e refletir com vocês:

1- O primeiro elemento que gostaria de destacar no vídeo relacionando com a entrevista da professora Carmem Craidy sobre a Reforma do Ensino Médio tem relação com a ampliação da carga horária dos alunos na escola. Segundo a entrevista esse aumento da carga horária só produziria mais desgaste e sobrecarregaria os professores que atuam nas escola. O Vídeo mostra que a Finlândia melhorou seus índices na Educação não ampliando a carga horária, mas ao contrário, diminuindo garantindo assim que as crianças e adolescentes tenham tempo livre para poder construir/ vivenciar outras experiências. 
2- O segundo ponto que desejo destacar refere-se a não obrigatoriedade de disciplinas como artes, educação física, sociologia e filosofia. Na entrevista a professora Carmem destaca a importância desses componentes curriculares para a formação de nossos jovens. No vídeo também fica visível o quanto diferentes áreas do saber são acionadas pelos professores, com o objetivo de auxiliar, como diz uma das professoras no vídeo os jovens a usarem de forma cada vez mais qualificada seus cérebros, nas palavras da professora: "Nós tentamos ensinar-lhes tudo aquilo que necessitam de modo a que possam usar efetivamente os seus cérebros o melhor que puderem incluindo educação física, artes, música tudo o que possa de fato fazer com que o cérebro trabalhe melhor. 
3- O terceiro e último destaque refere-se a utilização de testes padronizados. Sabe-se que uma das justificativas para essa reforma é o baixo desempenho dos estudantes em avaliações de larga- escala e padronizadas. Como podemos observar no vídeo a Finlândia melhora sua qualidade na educação virando as costas para esses instrumentos e ouvindo seu corpo docente e principalmente seus alunos. Assim o índice de qualidade na Educação não deveria ser medido apenas por avaliações que só tem produzido o rankeamento das escolas e o aumento da precarização na Educação.