segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Quais são os nossos comprovantes de memória docente?

A reflexão dessa semana é provocada pela  questão que intitula essa postagem, lançada na interdisciplina de "Representação do mundo pelos Estudos Sociais".

Após lermos o texto: A fotografia como objeto e recursos de memória”, fomos convidadas a construir uma portfólio de fotografias da nossa memória docente. Confira alguns dos momentos da minha trajetória que escolhi para compor esse documento:



Ano de 2013- Atividade com o boneco de pano representando o guarda de trânsito, no projeto sobre os cuidados com o trânsito




Ano de 2014- visita a uma região Quilombola com a minha turma  e depois socializando  no fórum do município o projeto: “Existe lápis cor de pele?”



Ano de 2015- Visita da minha cachorra Lady parte integrante de um projeto sobre os animais



Ano de 2016- Registro do projeto: “O fusquinha cor de rosa”, onde debatemos sobre as relações de gênero na educação infantil
 
Optei construir meu portfólio de memórias docentes, registrando alguns dos projetos desenvolvidos nos últimos anos ao longo da minha trajetória docente.

Ao retomar essas fotografias, pude de alguma forma relembrar e reconstruir muitos momentos vividos como professora e me dei conta como tenho me constituído docente nessa trajetória: é no espaço da sala de aula e na minha relação com colegas, escola e principalmente com os alunos que tenho me constituído como professora diariamente. 

Encerro essa postagem com uma citação do texto estudado sobre a importância da fotografia :

É incontestável afirmar que a fotografia pode ser considerada um dos grandes relicários, documento/monumento, objeto portador de memória via e própria. Tomamos como exemplo os álbuns de família, fotos de viagens, retrato de uma antiga namorada. Com ela reassumimos nossa condição de existência; com elas descobrimos que podemos preservar a lembrança dos grandes momentos e das pessoas que nos são importantes: são referências da nossa história, elas existem para nunca deixarmos de lembrar destes momentos. (FELIZARDO, SAMAIAN, 2007, p. 207) 

Referência: 
FELIZARDO, Adair; SAMAIN, Etienne. A fotografia como objeto e recurso de memória. Discursos fotográficos. Londrina, v.3, n.3, p.205-220, 2007. Disponível em: <http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/discursosfotograficos/article/view/1500/1246> Acesso em: 20 set. 2016.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Representação social

        Essa semana na interdisciplina de Estudos sociais estudamos sobre o conceito de Representação Social.

           De acordo com o texto estudado na interdisciplina, o conceito de representação possui uma ligação ao conceito de identidade e também apresenta uma relação com a cultura dos grupos de pertinência que iram oferecer as possibilidade para a construção identitária. 

          Segundo Vasconcelos e Caetano(2014), com base nos estudos de Moscovici, a representação social apresenta duas funções principais: 
1- convencionalizar: objetos, pessoas e/ou acontecimentos. 
2- prescrever condutas: decretando formas de pensar, agindo de forma estruturante antes que comecemos a pensar. 
          
           Ainda sobre essa questão as autoras apontam que:


[...] as representações sociais regulam a nossa relação com os outros e orientam o nosso comportamento. As representações intervêm ainda em processos tão variados como a difusão e a assimilação de conhecimento, a construção de identidades pessoais e sociais, o comportamento intra e intergrupal, as ações de resistência e de mudança social.(VASCONCELOS E CAETANO, 2014, p.7)


          
           Com base no estudo desse conceito comecei a refletir sobre quantas "representações sociais" exitem em nossa cultura e como elas ao fortalecerem uma identidade podem estar operando na reprodução de uma única forma de sermos alguma coisa. 

           Assim trago alguns exemplos, através de imagens, para que possamos refletir como essas representações sejam de um povo, de uma profissão ou de um padrão de "feminilidade" tem operado e produzido debates sobre tais questões:



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Referências:


VASCONCELOS, Lícia; CAETANO, Vitor. Diálogo entre representação social e identidade: considerações iniciais. SIMPÓSIO EDUCAÇÃO E SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA, 9.Anais...Disponível em: http://www.cap.uerj.br/site/images/trabalhos_espacos_de_dialogos/13-Vasconcellos_e_Caetano.pdf> Acesso em: 20 set. 2016

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Encantamento com o ensino de Ciências na Educação Infantil...

Na interdisciplina de Ciências fomos desafiadas a realizar algumas experiências com nossos alunos. A experiência realizada com a minha turma tem o nome: "saco que não fura". 
A escolha da atividade considerou a faixa etária que atuo como professora. Trabalho com uma turma de 02 anos e de acordo com o texto: "O ensino de ciências e Educação Infantil" escrito por Russel Rosa para essa faixa etária devemos oferecer atividades em grupo e que tenham como foco o desenvolvimento da linguagem e é importante que tenha uma curto período de duração para respeitar o tempo de concentração dessa faixa etária. 
Nessa atividade pude observar que os alunos, como estão desenvolvendo a linguagem não construíram muitas hipóteses sobre o motivo de não sair água, mas utilizaram da linguagem oral para descrever o que estava acontecendo. Mostraram-se também bastante curiosos e atentos. 
Achei a atividade muito significativa.
Quem quiser pode conferir como foi a atividade com a minha turma pode ver no vídeo abaixo:


segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Adição e subtração na Educação Infantil

No trabalho com o ensino e a aprendizagem de números e operações, o grande desafio seria encontrar um equilíbrio adequado entre fazer contas e justificar compreender minimamente os procedimentos utilizados. (BITTAR, FREITAS e PAIS, 2013, p. 20)

A reflexão dessa semana é motivada pelos estudos da interdisciplina de representação do mundo pela matemática. Nessa semana estudamos as possibilidades de trabalho com as quatro operações no Ensino Fundamental. No texto estudado essa semana, os autores apontam a importância de que o trabalho com a matemática deve extrapolar o ensino dos números e de fazer conta, mas sempre, levando em consideração a construção da hipótese dos alunos para a obtenção destes resultados. Ainda de acordo com o texto é importante que o ensino de matemática tome como ponto de partida os conhecimentos prévios das crianças, pois elas conhecem rudimentos das operações antes de entrar na escola.
Atualmente atuo como docente em uma turma de Educação Infantil, os alunos tem entre 2 e 3 anos de idade. Busco utilizar diariamente a matemática em nossas aulas. Uma das atividades que contempla as operações de adição e subtração é o momento da chamada. Temos um cartaz onde ficam ganchinhos com as fotos dos alunos. Todos os dias retiramos e colocamos em um pote as fotos dos alunos que não vieram. Neste momento busco explorar com os alunos o pensamento matemático através de perguntas: - Quantos meninos vieram? E meninas? E ao todo? Quanto coleguinhas tem na turminha? Quantos não vieram? Quantos temos hoje? Para responder as questões os alunos utilizam a contagem das plaquinhas com as fotos dos colegas, realizando além das operações de adição e subtração, atividades de classificação e seriação.
A leitura do texto me fez refletir sobre a importância do trabalho com os conceitos matemáticos, no dia a dia da sala de aula. A partir das reflexões propostas no texto pretendo ampliar o trabalho com tais conceitos explorando ainda mais os conhecimentos prévios das crianças e as hipóteses que elas utilizam para chegar nos resultados, pois como apontam os autores:

A aprendizagem matemática envolve compreensão e também habilidade e técnica. Ou seja, não podemos banir a prática da técnica, mas não acreditamos em técnica sem um pouco de compreensão. (BITTAR, FREITAS e PAIS, 2013, p. 47)

            Me encaminho para a conclusão dessa breve reflexão, com as palavras dos autores onde eles apontam a importância do trabalho com a matemática buscar uma articulação entre: compreensão, habilidade e técnica. Assim como professores devemos buscar contemplar tais dimensões em nosso fazer pedagógico.

Referências:
BITTAR, Marilena. FREITAS, José Luiz Magalhães. PAIS, Luiz Carlos. Técnicas e tecnologias no trabalho com as operações aritméticas nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.  SMOLE, Katia Stocco. MUNIZ, Cristiano Alberto (org.). A matemática em sala de aula. Porto Alegre: Penso, 2013.





terça-feira, 1 de novembro de 2016

Trabalhando História com crianças pequenas...

"Se quisermos ajudar nossos alunos a se relacionarem ativamente com o passado, precisamos encontrar formas de ensiná-los, desde o começo, que iniciem o processo com eles e seus interesses, que envolvam uma “aprendizagem ativa” e pensamento histórico genuíno, mesmo que embrionário, de maneira crescentemente complexa." (COOPER, 2006, p. 174)

Nessa semana trabalhamos na interdisciplina de Estudos Sociais com o texto: "Aprendendo e ensinando sobre o passado a crianças de 03 a 08 anos", escrito por Hilary Cooper(2006). A leitura do texto foi bastante produtiva e me permitiu realizar uma reflexão sobre a importância do trabalho com História com crianças pequenas. Segundo a autora o ensino de História deve permitir que os alunos formulem hipóteses, avaliem, sustentem ideias com argumentos, ouçam os outros e reconheçam que às vezes não há resposta certa. 
O texto traz várias sugestões de atividades envolvendo o trabalho especialmente em três dimensões: Discussão sobre o tempo, trabalho com fontes e criando fatos do passado.
Compartilho um projeto desenvolvido com minha turma, onde mesmo eles sendo muito pequenos, 02 anos, foi possível desenvolver algumas dessas dimensões.
O projeto tem como objetivo revistar as tradições que são passadas de geração para geração. Assim as famílias são convidadas para visitar nossa escola e ensinar algo que faça parte da sua tradição familiar. Relato o dia que a mãe de um aluno foi nos ensinar a receita de um bolo que é feito há muitos anos por sua família. Ela trouxe o caderno de receita que era da sua vó e foi nos contando como aprendeu a fazer esse bolo. Depois todos fizemos o bolo e também realizamos um lanche coletivo para compartilhar o bolo com os outros colegas da escola. 

Referência:

COOPER, Hilary. Aprendendo e ensinando sobre o passado a crianças de 3 a 8 anos. Educar, Curitiba, v. Especial, p.171-190, 2006. Disponível em: <revistas.ufpr.br/educar/article/viewFile/5541/4055> Acesso em: 20 set. 2016.