segunda-feira, 9 de maio de 2016

Reflexões da aula de Libras


A postagem de hoje é motivada pelo estudo que temos realizado na disciplina de Libras. Assim compartilho algumas reflexões que tenho realizado a cerca do que tem sido debatido. Para fazer essa postagem começo com duas citações, uma de cada texto estudado na disciplina, que acredito se complementam e mostram a importância de alguns elementos na constituição da identidade e da cultura surda que são de extrema importância que possamos conhecer e refletir:

Citação 1- Texto escrito por Bianca Pontin e Emiliana Rosa
O que é ser surdo? Ser surdo é um sujeito que pela ausência da audição possui uma experiência visual e é usuário da língua de sinais. A língua de sinais é um dos fatores que leva a construção da identidade, comunidade e cultura surda. Mas, além da língua de sinais, tem a questão também da experiência e da cultura visual, a questão do olhar. Assim, a audição não é considerada como falta pelos surdos.

Citação 2- Texto escrito por Ana Campello e Patrícia Rezende
A história em defesa das nossas escolas específicas vem de tempos longínquos. A língua de sinais e a cultura surda, em sua imensidão, compartilhada entre os pares surdos, travou-se em períodos de proibições do uso da nossa língua, por imposições ouvintistas, sempre entremeadas de muitas lutas pela sobrevivência da nossa língua de sinais e pela qualidade da nossa educação.

Na primeira citação somos convidados pelas autoras a refletirmos sobre a experiência da surdez, não pela falta de audição mas por uma experiência e uma cultura visual. Pensar a constituição do sujeito surdo pela sua identidade relacionada a uma comunidade e uma língua especifica me parece extremamente significativo para passarmos a compreender esses sujeitos não a partir de uma deficiência, mas de uma diferença cultural.

A segunda citação complementa a primeira, pois se compreendemos o sujeito surdo, como uma construção que tem relação com uma identidade, uma comunidade e uma cultura surda precisamos também pensar em uma educação de qualidade que contemple essa diferença como potência e não como falta, assim as autoras do segundo texto defendem a importância de uma escola bilíngue para garantir essa educação de qualidade.

Para complementar esse debate, sugiro que você assista o documentário Som e Fúria que encontra-se na abertura dessa postagem. Ele foi uma das indicações realizadas pela professora em aula e me ajudou a compreender uma pouco mais a discussão proposta pelas autoras nos textos.


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