“O desenho começa como uma escrita e a escrita como um desenho”.
Para sustentar tal afirmação Pillar enfoca algumas relações entre os processos de desenho e de escrita. Para estabelecer essa relação ela toma como base as estratégias de representação construídas pelas crianças para se apropriarem desses sistemas. A autora apresenta no texto os estágios do desenho infantil a partir de Luquet que seriam: 1- Realismo Fortuito: A criança faz marcas na superfície pelo prazer visual. 2- Desenho voluntário: Tem intenção de representar o seu meio através do desenho. 3- Incapacidade sintética: Constrói formas diferenciadas para cada categoria de objetos. 4- Realismo Intelectual: criança procura se expressar de forma mais ampla e rica. 5- Realismo visual: criança busca desenhar o que percebe visualmente dos objetos. Após a criança diferenciar as marcas gráficas da escrita e da leitura ela começa a desenvolver ambos os sistemas, esse estágio é denominado pela autora a partir dos estudos de Emília Ferreiro como nível pré- silábico onde a criança inicialmente utiliza grafismos primitivos e depois começa a construir hipóteses relativas a: quantidade de letras, repertório e posição que ocupam. O próximo estágio seria o nível- silábico onde a criança estabelece uma relação entre a escrita e a pronuncia de palavras. Depois seria o nível silábico- alfabético onde a criança ao entrar em conflito com a hipótese silábico começa a compreender que precisa utilizar mais letras (estágio de transição). No nível alfabético a criança abandonaria o nível silábico e começaria a escrever um grafema para cada fonema.