sábado, 30 de abril de 2016

Onde estão os brinquedos na Educação Infantil?

Na disciplina de ludicidade temos estudado e discutido, sobre a importância do brincar e do brinquedo para o trabalho pedagógico.

Como atuo na educação infantil, comecei a me perguntar sobre o quanto muitas vezes as salas são planejadas para os adultos e não para as crianças:com prateleiras altas, onde as crianças não possuem autonomia nem para escolher o brinquedo que desejam brincar, nem para guardar após o uso.

Na minha sala de aula, como os brinquedos não cabiam todos nas estantes e a escola, não tinha caixas plásticas para que os brinquedos pudessem ficar visíveis para os alunos eu organizei da seguinte forma: tirei fotos dos brinquedos, encapei caixas de papelão e na frente da caixa colei as fotos tiradas. Assim os alunos  podem ver através da foto qual o brinquedo que está naquela caixa.

Todas as caixas ficam na altura das crianças, assim eles vão até as caixas para pegar os brinquedos que desejam a após também sabem onde guardar.

Compreendo que com essa organização pude auxiliar e incentivar o desenvolvimento da autonomia dos alunos. Nos primeiros dias em que eles podiam pegar qualquer brinquedo, eles ficaram um pouco em dúvida e após muitos não queriam guardar.

Mas aos poucos fomos trabalhando com as crianças a importância de mantermos  a sala de aula organizada e de guardar os brinquedos após o uso e hoje eles já tem mais autonomia tanto para escolher o brinquedo, como para guardar depois do uso.

Veja algumas fotos da organização dos brinquedos na minha sala:





Ampliando o repertório cultural dos pequenos: explorando livros na ed. infantil


Na disciplina de literatura, temos conversado e estudado sobre a importância de ler livros para as crianças e de proporcionar uma ampliação do repertório cultural dos nossos alunos apresentando novas possibilidades para eles. Uma estratégia para essa ampliação é a oferta de diferentes obras literárias, para que os alunos possam manusear desde cedo.

Uma atividade que realizo com minha turma de dois anos semanalmente é distribuir livros para que eles possam manusear livremente. Segundo uma reportagem publicada na revista Nova Escola as crianças que vivem em um ambiente rico em interações aprendem e demonstram desejos sentimentos e necessidades. Ainda na reportagem destaca-se que o contato com diferentes livros pode auxiliar no desenvolvimento da linguagem plástica das crianças, se com o apoio do professor elas observarem os diferentes tipos de ilustrações. O contato com diferentes obras literárias ainda amplia a exploração do ambiente ao trazer informações de diferentes espaços para além do que as crianças vivem.

Fonte consultada:http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/0-a-3-anos/criancas-muito-aprender-creche-educacao-infantil-aprendizagem-brincadeiras-linguagem-546791.shtml?page=2

Confira algumas imagens(a escola possui autorização para o uso das imagens das crianças) dos meus alunos explorando a nossa caixa de livros:




sábado, 16 de abril de 2016

Ler para as crianças é fundamental!





Essa postagem é motivada pela discussão realizada na disciplina: "Literatura Infanto Juvenil e Aprendizagem"

No material disponibilizado para a disciplina, pudemos compreender que a literatura tem a função de impactar nossas vidas. Quando lemos algo que nos impacta isso pode nos incomodar, desacomodar e até perturbar.
Ainda nas discussões realizadas na disciplina foi possível perceber que quando lemos para uma criança, nós impactamos e movimentamos o mundo dela. Por isso torna-se tão importante ler para os nossos alunos.

Assim nessa disciplina fomos desafiadas a escolher uma obra literária, de acordo com a faixa-etária dos nossos alunos para analisar. Nessa busca descobri um site maravilhoso, que tem ótimas indicações de leitura para a faixa etária de dois anos. Como trabalho com essa faixa- etária, e tenho tido dificuldade que meus alunos fiquem na rodinha ouvindo as histórias resolvi "testar" algumas das indicações do site.

Para minha surpresa os alunos têm adorado as histórias, e quando os pais vem buscá-los eles tem puxado- os para dentro da sala, para mostrar o livrinho contado pela professora e ainda contam sobre o tema abordado pela história.

Compartilho com vocês o link, onde tem sugestões interessantes para todas as faixas etárias:
http://educarparacrescer.abril.com.br/blog/biblioteca-basica/2011/01/12/os-melhores-livros-para-criancas-e-jovens-de-2-a-18-anos/

Outra dica legal é o projeto  realizado pelo Banco Itaú, onde você pode se cadastrar no site e ganhar gratuitamente obras literárias de qualidade para ler para crianças da sua família ou para seus alunos.

O link para pedir seus livros é esse aqui:
https://www.itau.com.br/crianca/pratique/

Infelizmente, por enquanto a solicitação de livros está esgotada. Mas vale a pena ficar de olho e quando abrir novamente as solicitações se inscrever no projeto.




Sobre a importância do brinquedo e do brincar na escola




Abro essa postagem sobre a importância do brinquedo e do brincar na escola, com duas imagens que retirei de uma busca realizada no google imagens para o descritor: "sala de educação infantil". 

Minha reflexão é gerada pela leitura da matéria escrita por Ana Gonzaga, intitulada "brinquedos - objetos com vida", publicada na revista Nova Escola, cuja leitura realizamos para a disciplina de Ludicidade.
Nessa matéria é destacado que o brinquedo é apenas um suporte e não possui um significado fechado, ao contrário ele está sempre aberto a novos significados.  E é justamente por causa dessa mistura entre: significados culturais e liberdade inventiva que é de extrema importância que as escolas tenham brinquedos ao alcance das crianças.

Fiquei então pensando, quantas escolas colocam: brinquedos, cartazes, materiais... sempre em armários altos e sem o alcance da criança e o quanto é importante que essa postura seja revista e cada vez mais encontremos salas como a da primeira imagem, onde os brinquedos estão verdadeiramente ao alcance das crianças.

Segundo a reportagem, quando: carrinhos, panelinhas, bonecas e blocos de construção são objetos do brincar as crianças ganham a chance de explorar a realidade, conhecer valores diferentes dos seus e inventar o próprio universo.

Encerro essa postagem com uma reflexão sobre quais espaços temos dado para as nossas crianças brincarem...



quinta-feira, 14 de abril de 2016

Ver e olhar: existe diferença?


O que você viu na imagem a cima????
Um pato?
Ou um coelho?

Dependendo da forma de olhar para essa imagem poderemos ver um pato ou um coelho.

Utilizo essa provocação inicial, para realizar uma reflexão com base na discussão que realizamos no seminário integrador III, sobre a diferença entre ver e olhar.

Para sustentar a diferença entre essas duas ações, estudamos um material produzido com  base no livro: “O olhar viajante”, escrito por Sério Cardoso.

Antes pensava que ver e olhar eram sinônimos, mas após acompanhar a discussão pude compreender que essas são duas ações distintas. 

Segundo o material ver teria uma relação com uma descrição passiva do que observamos, consistiria então em um olho dócil e desatento apenas registrando as materialidades do que é observado. Já olhar apresentaria uma relação com às atividades e virtudes do sujeito que olha. O olhar ao contrário da visão é alerta, tenso e atento. 

Com essa diferenciação, podemos compreender que se vermos rapidamente a imagem a cima, veremos um pato, ou um coelho. 
Mas um olhar alerta, tenso e atento, poderá perceber as duas imagens: O pato e o coelho.

Penso que essa é uma discussão muito pertinente para nós futuras pedagogas, afinal nós estamos vendo, ou olhando nossos alunos?

Encerro essa postagem com uma frase escrita por José Saramago que pode nos auxiliar a seguir essa reflexão:



sábado, 9 de abril de 2016

Brincar é URGENTE!


Provocada pelas discussões propostas realizadas na disciplina de ludicidade essa semana, compartilho o trailer do filme "Traja Branca" dirigido por Cacau Rhoden.

O vídeo nos ajuda a refletir sobre a importância da brincadeira para as nossas vidas, e mostra que estamos vivendo em mundo cada vez mais doente e que a brincadeira poderia ser uma saída para essa situação. O documentário nos leva a duas perguntas: 1- onde está nosso espirito lúdico? 2- Qual o lugar do brincar nas nossas vidas?

Penso que a reflexão do filme tem uma estreita relação com o que discutimos na disciplina de ludicidade, pois a partir dos textos lidos para a disciplina pude compreender que como futuras pedagogas devemos conseguir sustentar teoricamente a afirmação: "Brincar é importante". Para tanto podemos nos apoiar nos estudos de Wallon, Piaget e Wigostsky que vão mostrar que boa parte da comunicação das crianças com o ambiente se dá por meio da brincadeira e é dessa maneira que elas se expressam ludicamente.

sábado, 2 de abril de 2016

Dia mundial da conscientização do Autismo

Dia 02 de Abril é o dia onde comemoramos mundialmente a conscientização do Autismo.



 Assim como professora, gostaria de utilizar um pouco desse espaço, para falar um pouco, sobre a minha experiência com alunos autistas. Mesmo sabendo que essa discussão ainda não foi realizada no nosso curso.

 Em minha trajetória docente, tive a oportunidade de conviver e ser professora de várias crianças autistas e certamente o trabalho com esses alunos me fez refletir sobre a minha prática pedagógica.

 Cada aluno, de alguma forma me trouxe a oportunidade de (re)pensar minhas propostas e buscar novas alternativas para práticas pedagógicas mais inclusivas.

O trabalho com a inclusão escolar tem produzido novos arranjos escolares, que tem possibilitado uma escola que trabalhe com as diferenças, não em uma busca normalizadora para tornar todos iguais. Mas um trabalho diário que busque nas diferenças à possibilidade para a construção do trabalho pedagógico.

 Acredito que esse seja o maior desafio que o trabalho a partir de uma proposta inclusiva demande. Assim a pergunta que me faço todos os dias tem sido essa:

 Como trabalhar com as diferenças na escola, sem apaga-las? Mas buscando na diferença à potencia para o nosso trabalho?

Certamente não encontrei uma resposta definitiva para essa pergunta, até porque não assumo o processo de inclusão escolar como um ponto de chegada, e sim acredito em uma construção diária, coletiva e permanente. Penso na inclusão como um caminho à ser percorrido, como um ponto de partida para pensar práticas pedagógicas não homogeneizantes mas práticas que considerem à diferença como fundamental para as ações educativas.

 Sei que a inclusão, não é um conto de fadas, e que muito ainda precisa ser feito para que possamos como professores e escola oferecer um trabalho que realmente seja significativo para todos os alunos. Necessitamos de apoio pedagógico diário nas salas de aula, precisamos de atendimento educacional especializado em todas as escolas e as turmas deveriam ser reduzidas para que o professor pudesse realizar práticas pedagógicas que contemplassem as diferentes formas de aprender que estão em nossas salas de aula.

Porém lutar por melhorais, não significa ficar de braços cruzados, esperando que elas aconteçam para que possamos começar. Vamos construir juntos práticas pedagógicas mais inclusivas, porém se deixar de lutar por melhores condições para esse trabalho na escola.

Finalizo essa mensagem, com um trecho do filme "Temple Grandin". vale muito à pena assistir e refletir sobre quem está autorizado a falar sobre o autismo hoje e quais preconceitos temos construídos sobre esses alunos.